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09 de fevereiro, de 2022 | 08:00

Visitas a bebês na pandemia ainda devem ser restritas

Agência Brasil
Pediatra Naiara Ferreira recomenda que as visitas aos recém-nascidos sejam feitas apenas por familiares mais próximosPediatra Naiara Ferreira recomenda que as visitas aos recém-nascidos sejam feitas apenas por familiares mais próximos
A pandemia ainda não acabou e por isso é preciso continuar com as devidas medidas de prevenção à covid-19. E isso inclui os cuidados com as crianças e também com os recém-nascidos. Há registro de vários casos de bebês, com menos de três meses, contaminados pela doença e até de óbitos no Brasil. Em entrevista ao Diário do Aço, a pediatra que atua em Ipatinga, Naiara Ferreira, explica que as visitas a recém-nascidos devem continuar suspensas. Além disso, continuar com as medidas protetivas é indispensável para evitar a contaminação.

Na última semana, Belo Horizonte confirmou a morte de um bebê com menos de um ano por covid. Já o Estado de Minas Gerais registrou a morte de mais três crianças com menos de 12 anos por covid-19, segundo informações atualizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (7). Com os novos registros, o Estado chega a 11 óbitos infantis apenas em 2022.

Além das crianças, um adolescente de 13 e outra de 14 anos morreram pela doença neste ano. A maioria dos óbitos de crianças é de bebês com menos de um ano, todos eles sem comorbidades conhecidas. As crianças viviam em Além Paraíba, Belo Horizonte, Extrema, Ipaba, Ipanema, Manhuaçu, Paraisópolis, Passa Quatro, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas.

A pediatra Naiara Ferreira explica que, além das visitas, a falta das medidas protetivas contribui para contaminar as crianças. “Os casos de covid em recém-nascidos se deve não somente pela visitação, mas pelo relaxamento das medidas de proteção dos próprios pais, pela não vacinação de muitas gestantes e pais, e pela maior transmissibilidade das variantes atuais”, complementou.

Além disso, segundo a pediatra, a covid na infância está mais relacionada à gravidade nos pacientes imunossuprimidos ou com comorbidades graves, tanto com sintomas respiratórios ou na sua apresentação como síndrome inflamatória multissistêmica. “Os recém-nascidos têm um comportamento próximo a de um imunossuprimido, podendo ser gravemente afetado, principalmente se a gestante não tiver sido vacinada, pois assim ele não tem anticorpos protetores”, ressaltou.

Aumento de casos
Neste fim de semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda não chegou ao pico da nova onda da covid-19 causada pela variante ômicron. No país, a nova cepa registrou, no fim de janeiro, 300 mil casos diários de infecções do coronavírus.

Com isso, Naiara Ferreira reforça que para evitar a contaminação dos bebês é essencial manter as medidas protetoras. Os pais devem ficar atentos, não devem receber visitas e as pessoas do núcleo familiar precisam se vacinar. Mesmo assim, caso a criança apresente qualquer sintoma semelhante ao da covid, como coriza, febre, dificuldade na amamentação, tosse carregada ou cansaço, deve ser levada ao pediatra para avaliação.

Visitas devem se limitar à família
A pediatra lembra que, mesmo antes da pandemia, sempre foram recomendadas as visitas aos recém-nascidos só após os três meses de vida, quando já receberam o primeiro ciclo de vacinas. Com a pandemia essa recomendação se torna ainda mais necessária. “As visitas devem se limitar ao núcleo familiar mais próximo, deixando os demais para visitar após as vacinas do terceiro mês. E quando for visitar o bebê é necessário fazer a higienização das mãos, usar máscaras, não apenas diante do bebê, mas de toda a família”, explicou.

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