01 de fevereiro, de 2022 | 00:10
Dados mostram que o transporte público não é prioridade no Brasil
Embora seja responsável por apenas 30% das viagens feitas nas maiores cidades do país, o transporte individual (carros e motos) recebe três vezes mais recursos públicos do que o transporte coletivo.Os dados estão entre os números apresentados no relatório Sistema de Informações da Mobilidade Urbana, da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
A ANTP analisou aspectos relativos à mobilidade, sempre comparando o transporte coletivo com o individual. Os dados incluem os municípios brasileiros com mais de 60 mil habitantes. No total, foram incluídas 438 cidades, responsáveis por 61% da população nacional.
O relatório mostra que, apesar do discurso de priorização do transporte público, a realidade atual ainda é outra: 1. 57,2% das distâncias percorridas pelas pessoas é feita em transporte público
Os brasileiros percorrem anualmente aproximados 432 bilhões de quilômetros, usando várias formas de deslocamento (carro, moto, ônibus, trilhos, bicicleta e até a pé.
Enquanto o transporte público é responsável por 57,2% das distâncias percorridas, os automóveis só são usados para 31% das distâncias.
O transporte coletivo representa 29% das viagens, mas consome 49% do tempo gasto pelas pessoas
Segundo a pesquisa, os moradores das cidades analisadas gastam 22,4 bilhões de horas por ano em seus deslocamentos.
Quase metade (49%) deste tempo é gasto em transporte público embora só 29% das viagens sejam feitas por meios de transporte público.
Em torno de 72% de toda a energia consumida em transportes em um ano foi gasta por automóveis
São consumidos cerca de 13,5 milhões de Toneladas Equivalentes de Petróleo (TEP) por ano nos deslocamentos. Deste total, 72% é gasto no uso do automóvel e 24% no transporte público.
O transporte individual é responsável por 77% dos gastos públicos com mobilidade. Os custos arcados pelo poder público foram estimados em R$ 10,3 bilhões por ano, sendo que 77% é destinado ao transporte individual.
Por custo individual entende-se os arcados pelos usuários ou por empregadores quando há uso de vale transporte. Por custos arcados pelo poder público, entende-se o gasto com manutenção do sistema viário.
O transporte individual provoca custo de acidente de trânsito 6 vezes maior que o coletivo. O custo total com acidentes de trânsito é de R$ 15,2 bilhões por ano. O transporte coletivo responde por um gasto de R$ 2,2 bilhões, enquanto o transporte individual consome R$ 13 bilhões, mais de 6 vezes mais. (Os dados constam no portal In Trânsito)
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Helton (billy)
25 de fevereiro, 2022 | 11:41A postagem nao coincide com que está sendo anunciado”