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12 de março, de 2022 | 09:00

Alunos de escola estadual de Timóteo estão sem aulas de português há mais de um mês

Estudantes estão preocupados com os prejuízos que terão neste ano, principalmente no Enem

Arquivo pessoal
Estudantes se mobilizaram para reivindicar a contratação de um professor de português  Estudantes se mobilizaram para reivindicar a contratação de um professor de português

Alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Haydée de Souza Abreu, localizada no bairro Limoeiro, em Timóteo, estão desde o início do ano letivo sem professor de língua portuguesa. A ausência de um profissional da educação para a disciplina atinge pelo menos três turmas que vão concluir os estudos no ensino regular no fim do ano.
A professora que lecionava para as turmas foi contemplada com férias-prêmio e, desde então, não foi contratado outro profissional para substituí-la durante a ausência. Os alunos desconhecem o motivo da demora para resolver a situação.

“A explicação que nos deram? Foi nenhuma. A gente não teve resposta do porquê eles ainda não liberaram a vaga. A gente tem uma professora de português e ela está tirando as férias-prêmio dela, que é o direito do professor. E eles não querem liberar a vaga para contratar outro professor de português”, afirmou a estudante Thaís Soares Dornelas em entrevista do Diário do Aço.

Os alunos contam que desde o dia 7 de fevereiro, data que marcou o início do ano letivo em 2022 na rede estadual de ensino, os estudantes seguem para escola, assistem às aulas das outras matérias e no horário da disciplina de português ficam sem fazer nada. “Ficamos na sala à toa e mesmo assim tivemos prova de português sem ter aula”, afirma a aluna Rafaela Pires.

Protesto

Preocupados por estarem há mais de um mês sem o ensino da língua portuguesa, os estudantes decidiram se mobilizar e protestar pela garantia do direito à educação. Desde a última quinta-feira (10), eles passaram a ocupar a quadra da escola e confeccionaram alguns cartazes. “A gente não vai voltar para sala de aula enquanto não mandar professor de português. A escola já fez tudo, a diretora da nossa escola já fez de tudo o que podia fazer e eles não deram nenhum retorno. Agora a gente decidiu lutar”, declarou Samile Nikelly.

Insegurança para o Enem

Mais um fator que tem contribuído para preocupação dos alunos é a preparação para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Noventa alunos prejudicados em um ano de Enem, em um ano em que temos uma redação de mil pontos. São vários dias sem aula de português em um ano de Enem. A gente ficou dois anos sem estudar, a gente tá muito prejudicado”, lamentou Thaís.

Resposta da Secretaria

O Diário do Aço entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG). Em nota, a assessoria de comunicação declarou que a pasta já está ciente da situação na escola e que está tomando as devidas providências junto à Superintendência Regional de Ensino Coronel Fabriciano para que a situação seja solucionada na unidade de ensino. A Secretaria destacou ainda que a SRE orientará a direção da instituição de ensino para que haja a devida reposição da carga horária aos alunos.  
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Comentários

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Tião Aranha

13 de março, 2022 | 09:01

“A Educação neste país nunca foi prioridade. Enquanto as outras classes de trabalhadores não se unirem aos professores e parar este país, vai ficar nesse lenga lenga. Esta escola vai contratar professor de português pra trabalhar depois da greve. Ninguém quer dar a cara pra bater. Risos.”

Onde Esta

12 de março, 2022 | 17:57

“Onde estão nossos VALOROSOS SERVIDORES PÚBLICOS ?

será que estão de ferias Premium ou de licença medica ?”

Jorge

12 de março, 2022 | 15:25

“Pode estar segurando vaga para alguém conhecido.”

Gildázio Garcia Vitor

12 de março, 2022 | 10:10

“? por essas e por outras, até piores e mais graves, que não é culpa do Currículo e do "Antigo" Ensino Médio que a Educação Básica e pública do país não consegue atrair os jovens e nem desenvolver, naqueles que ainda não perderam o poder de sonho, suas habilidades e competências. Infelizmente! Portanto, a BNCC e o Novo Ensino Médio não têm condições de salvar a lavoura.”

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