13 de março, de 2022 | 07:00

Caminho certo

Fernando Rocha


Apesar de opiniões contrárias de setores da imprensa alvinegra, e de uma minoria nas redes sociais, entendo que este início de preparação do Atlético está dentro do esperado.

O técnico “Turco” Mohamed me agrada, sobretudo, porque não chegou com a empáfia e arrogância de alguns treinadores brasileiros e estrangeiros, que se acham o bam-bam-bam das couves.

Usa o Campeonato Mineiro como laboratório para observar jogadores que recebem poucas oportunidades no time principal, algo fundamental para definir quem deve sair ou ficar para a temporada.

A defesa atleticana é o único setor do time que, a meu juízo, precisa melhorar, a começar pela dupla de zaga Natan-Godín, que ainda está se adaptando, o que pode ser resolvido com a provável volta do paraguaio Alonso.

O ponto fraco é a lateral direita, onde o titular Mariano, de 35 anos, não aguenta mais o batido da lata com jogos a cada três dias, e o reserva Guga é fraco, sem a mesma qualidade do titular.

Na esquerda tem o Arana, convocado novamente para a Seleção da CBF, que preenche com sobras o setor. Mas, para repetir as façanhas do ano passado, quando conquistou as principais competições nacionais, e na Libertadores bateu na trave, precisa, sim, urgentemente, contratar um lateral direito.

Mãe Joana

Não à toa, a CBF é chamada de casa da “mãe Joana” devido à sua desorganização e falta de cuidado com seus produtos, neste caso, a Copa do Brasil, a segunda maior competição nacional.

Até o fechamento da coluna ontem, a entidade não havia confirmado o local da partida entre Tuntum x Cruzeiro, pela segunda fase da Copa do Brasil - pasmem! -, marcada para a próxima quarta-feira à noite.

Ronaldo Fenômeno tem reclamado com razão da infraestrutura do nosso campeonato estadual, cujos estádios e gramados no interior são, na maioria, péssimos. Pois, então, já deve estar se descabelando com a possibilidade de jogar no acanhado Estádio Rafael Seabra, na cidade de Tuntum, situada a, aproximadamente, 400 km da capital São Luís.

Na semana passada, quem passou o maior perrengue por lá foi o Volta Redonda (RJ), derrotado e eliminado por esse desconhecido time de nome estranho, fundado há menos de um ano.

FIM DE PAPO

O goleiro do Galo, Rafael, nascido em Coronel Fabriciano, não só é um bom goleiro, mas, também, um rapaz de família, boa índole, bom caráter, pelo que dizem seus amigos e companheiros de time. Vai completar 33 anos em junho próximo e se tornou um reserva de luxo. Foi assim no Cruzeiro e agora no Galo, que renovou seu contrato até 2025. Quem ganha com sua permanência é o Atlético, pois se trata de um excelente profissional.

Ronaldo Fenômeno prometeu enviar sugestões à Federação Mineira para melhorar o nível do nosso Estadual. A primeira delas deveria ser uma divisão mais justa do dinheiro pago pela TV, destinando valores maiores aos clubes do interior, com a obrigatoriedade da aplicação de um percentual em melhorias nos estádios e trocas de gramados para o chamado “padrão Fifa”. Para isso, precisaria diminuir os valores pagos hoje à Federação Mineira e aos três “grandes” da capital, algo inimaginável de acontecer, pois nenhum deles aceita mexer no seu queijo.

Pelas fotos publicadas na internet, o estádio de Tuntum, onde o Cruzeiro poderá decidir a sua permanência na Copa do Brasil, é bem pior do que a maioria dos campos de futebol amador da nossa região. Tem um poste de energia na altura do meio de campo, capaz de atazanar a vida dos locutores de rádio e TV, que dispõem de apenas três cabines para trabalhar. Os vestiários são apertados, semelhantes aos do “Mamudão”, onde o Galo jogou ontem contra o Democrata. O gramado é do tipo comumente chamado aqui em nossos grotões de “batatais” (paspalum notatum), igual ao da maioria dos estádios do interior mineiro, cheio de buracos que impedem a bola de rolar corretamente.

Numa frase, a definição do Estádio Rafael Seabra, palco dos jogos do Tuntum, representante da cidade de mesmo nome localizada no sertão maranhense com, aproximadamente, 42 mil habitantes: “onde o filho chora e a mãe não ouve”. (Fecha o pano!)
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