16 de março, de 2022 | 19:00

Professores da rede estadual mantêm reivindicação do piso salarial

Em assembleia nesta quarta-feira, professores decidiram manter paralisação nas escolas da rede estadual; governo afirma que limite de reajuste é de 10,06%

Divulgação
Moilização reuniu trabalhadores da educação em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais Moilização reuniu trabalhadores da educação em frente a Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Os professores da rede estadual dicidiram, em assembleia nesta quarta-feira (16), que vão para a segunda semana de paralisação. O movimento começou dia 9 e tem como principal reivindicação o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional pelo governo Romeu Zema.

A direção Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou que desde 2019, no início da atual gestão, o governo foi cobrado em relação à aplicação dos reajustes do piso.

"Após 19 reuniões realizadas com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e 39 ofícios enviados para cobrar o pagamento do piso, nada foi apresentado pelo governo à categoria", informaram os manifestantes.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, afirma que a categoria também se mobiliza contra o Regime de Recuperação Fiscal do governo atual, que foi encaminhado à ALMG por meio do Projeto de Lei 1.209/2019.

“O regime congela salários e carreiras, proíbe a realização de concursos e reajustes salariais por até nove anos, amplia as privatizações de empresas públicas. Precariza os serviços públicos”, enumera.

Policiais também mantém mobilização

Tambpem as forças de segurança pública de Minas Gerais mantêm a mobilização. Policiais completam um mês envolvidos em ações de protesto. A categoria tem agendada, para segunda-feira (21/3), um ato na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, um protesto que, segundo anunciam, será o maior de todos já realizados.

Os policiais decretaram a paralisação por causa de uma recomposição salarial (de 41%), não cumprida pelo governador Romeu Zema. "A cada mobilização, a cada protesto, o governo cede mais um pouco, precisamos nos manter unidos, tanto os da ativa, os que estão em férias ou aposentados", afirma um dos líderes do movimento.

Resposta do governo Zema

O governo enfatiza que tramita na ALMG projeto de lei que prevê o reajuste salarial de 10,06% para todos servidores públicos estaduais, sendo que, no caso da Educação, Saúde e Segurança, o pagamento será retroativo a janeiro deste ano.

"O percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento", informa a gestão estadual, por meio de nota.

O governo de Minas ainda alega que retirou o Regime de Urgência do projeto de lei do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para que o texto sobre a recomposição de perdas inflacionárias a todos os servidores de Minas Gerais possa ter a máxima celeridade na avaliação e aprovação.

Representantes dos professores e do governo participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na segunda-feira (14/3), mas terminou sem acordo.

"Representantes do Governo de Minas mantêm o diálogo com a categoria e têm participado das reuniões de conciliação realizadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Importante ressaltar que permanece vigente a decisão do TJMG, do dia 9 de março, que determinou a suspensão da greve dos servidores da educação, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00", conclui.


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Comentários

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Mariah

17 de março, 2022 | 08:34

“Porque os professores não fizeram greve na pandemia? Ficaram em casa 2 anos e não quiseram paralisar, agora que a aula volta resolvem não dar aula. Estou no terceiro ano do ensino médio, fiz o primeiro e o segundo ano estudando sozinha com um material péssimo disponibilizado pelo governo, porque os professores não quiseram ensinar, só mandavam fazer sem sequer explicar. Me diz como vou fazer Enem, se não tive ensino médio? O ensino está um caos e ninguém tem um pingo de respeito com os estudantes.”

Thiago Domingues

16 de março, 2022 | 20:38

“Essa classe já foi mais respeitada. Hoje só querem greve e receber sem trabalhar. Já passou da hora do Zema cortar o ponto de quem não quer trabalhar e contratar novos profissionais...”

Tião Aranha

16 de março, 2022 | 19:35

“Somente após a falsidade ser afastada é que a verdade pode emergir, dizia Sócrates. Risos.”

Alex

16 de março, 2022 | 13:30

“E o malvadao é o Bolsonaro que concedeu o reajuste de 33% pelo fundeb e que o estado quer embolsar.”

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