16 de março, de 2022 | 09:45

Valor do petróleo cai e consumidores aguardam redução nos derivados

Divulgação
Para economistas, por causa de uma defasagem nos preços do diesel e da gasolina, que já existia antes da crise gerada com a guerra no Leste Europeu, consumidores podem esquecer redução nos preçosPara economistas, por causa de uma defasagem nos preços do diesel e da gasolina, que já existia antes da crise gerada com a guerra no Leste Europeu, consumidores podem esquecer redução nos preços

O preço do barril do petróleo, que passou de US$ 130 na semana anterior e provocou reajustes nos derivados em todo o mundo, caiu abaixo de US$ 100 nesta terça-feira e, hoje (16/3), era negociado a US$ 99,92 o barril.

Já as bolsas de valores, com incertezas mundiais frente a um novo surto de covid-19 na China, que fez o país confinar novamente milhões de pessoas, à guerra na Ucrânia e a uma provável subida dos juros nos Estados Unidos, levaram a uma queda repentina nos mercados, com ações em forte queda na terça-feira.

E foi seguindo o clima de freio na expectativa de crescimento da economia mundial que o barril do petróleo teve uma queda forte, de quase 8%, cotado abaixo dos US$ 100 ontem. Hoje há uma leve alteração de - 0,2% até as 9h25, mantendo o preço abaixo de US$ 100 o barril.

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Como a Petrobras mantém a política de Preços de Paridade Internacional, quando há alta no preço do barril de petróleo, a estatal precisa reajustas os preços. Naturalmente, quando há queda, há expectativa dos consumidores que os preços dos derivados vão ser reduzidos também.

Mas a expectativa pode ser frustrada. O economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, explica em entrevista a agências nesta quarta-feira, o porquê: “Apesar da forte queda do barril de petróleo nos últimos dias, basta lembrar que não faz pouco tempo este mesmo contrato do tipo brent [o mais comum] era cotado a US$ 139. Não devemos ver recuo de preços no país uma vez que há ainda alguma diferença entre os preços domésticos e externos”, diz.

Segundo cálculos do economista, uma comparação dolarizada mostra que no período de um ano, a gasolina subiu 29,3%, em média, no Brasil, enquanto o barril do petróleo teve um aumento de 44%, contando com a última queda.

“Esta é uma aproximação da paridade do barril fora do país e os preços internos podendo variar da metodologia de cálculo da Petrobras, mas que nos dá uma noção de grandeza”, afirma.

O professor de economia da FGV Rio de Janeiro, Mauro Rochlin, lembra que, em outros momentos em que o barril do petróleo teve queda no mercado internacional houve uma diminuição no preço ao consumidor. Mas que, neste momento, o cenário é outro porque a Petrobras segurou aumentos que ocorreram depois do último reajuste, em janeiro.
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Comentários

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Carlos Roberto Martins de Souza

16 de março, 2022 | 12:37

“Pensando em mudar meu ramo de investimento, vou parar de cobrar dízimo em igreja e começar a cobrar em posto de gasolina. Deus do Shell! Vou ficar milionário!”

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