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18 de março, de 2022 | 12:00

Brasil, o mais digital entre os hermanos

Ximena Azcuy *

Responda rápido: você acha possível sair viajando sem carteira, contando apenas com seu smartphone para fazer pagamentos? Aposto que sua resposta foi sim ou com certeza. E, se foi, você está em sintonia com a maioria dos brasileiros que entrevistamos numa pesquisa de mercado: 81% dos participantes responderam “sim” e, entre eles, 36% ainda garantiram que “com certeza”. Nesse caso, também arrisco dizer que é grande sua propensão em trocar tradicionais instituições bancárias por neobanks (que não costumam ter agências físicas nem gerente esperando o cliente para um cafezinho), já que a maioria (83%) se mostrou bem confiante em aderir aos bancos online afirmando que sim, abandonariam o banco tradicional.

A citada foi realizado pela Rapyd na Argentina, Colômbia, Brasil e México, em agosto de 2021, quando foram entrevistadas 1.687 pessoas, homens e mulheres, com conta bancária entre 20 e 65 anos.

A digitalização é um fato, mas saiba que nem todos são tão receptivos a ela. A naturalidade com que os brasileiros parecem lidar com as novas tecnologias é muito maior que as dos “hermanos”. Mexicanos, colombianos e, mais ainda, os argentinos, se mostraram conservadores em relação às inovações digitais ligadas às finanças. Em contraste com essa grande maioria que abriria mão do banco tradicional no Brasil, apenas 34% fariam o mesmo na Argentina. No meio termo, a resposta foi positiva para 67% dos entrevistados na Colômbia e para 65% no México.

Outro dado que coloca Brasil e Argentina em extremos opostos é relacionado às compras ao vivo pelas mídias sociais, como Instagram e Facebook. Embora não tenha se mostrado ainda muito popular em nenhum dos quatro países, os brasileiros são os mais dispostos a experimentar, somando 69%, enquanto os argentinos totalizaram apenas 30%.

O estudo revelou que os brasileiros estão entusiasmados em experimentar meios digitais de pagamento, com 96% dos entrevistados afirmando já utilizar meios de pagamento que não pertencem a bancos (como PayPal, Mercado Pago e PagSeguro, entre outros).

Esses dados reforçam a impressão que já tínhamos do Brasil, um país de perfil mais receptivo e menos desconfiado, liderando em quase todos os quesitos referentes à aceitação das novidades digitais, seja em relação aos canais ou aos meios de pagamento. Os indícios são de prosperidade para o desenvolvimento do e-commerce e do social commerce (vendas via páginas nas mídias sociais), e apontam que - mesmo no caso de lojas físicas - o investimento na diversificação de opções digitais transferir valores, que dependam cada vez menos de dinheiro em espécie e até mesmo de cartões (a essa altura da década de 2020, não vamos nem comentar sobre os cheques). O brasileiro já mostrou que está pronto para que o digital faça a economia girar.

* Diretora de parcerias e desenvolvimento de negócios para as Américas da Rapyd.

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