16 de março, de 2022 | 13:41
Biden x Putin, quem é pior?
Luiz Flávio Arreguy Maia *
Hoje tentamos trazer luz sobre algumas sombras do quadro geral, desfazendo confusões que grassam mundo afora e no país, a respeito do assunto do momento, o conflito no mundo eslavo e suas implicações na geopolítica mundial. Claro, nossa ênfase será para o reflexo no Brasil: para onde devemos ir e também para onde parece que querem nos levar. Não é pequena nem simples a tarefa.
Além de Rússia X Ucrânia, outra guerra, tão relevante PARA NÓS, vai sendo travada. Não querem que a enxerguemos. Em outras palavras, o mundo tem sido impedido de conhecer integralmente o embate decisivo que aqui se trava. A opinião conservadora latente elegeu o líder de uma república presidencialista sem, contudo, proporcionar-lhe os complementos necessários para o pleno exercício de suas prerrogativas, que estariam no Poder Legislativo. Tal confronto desigual caminha para um desfecho explosivo neste ano, em que eleições gerais definirão o rumo dos quatro anos seguintes, e mesmo das décadas seguintes.
Muitas circunstâncias ficam na obscuridade e não chegam aos olhos do observador mediano, turvados pela desinformação. No dia em que a guerra lá fora começou, o partido da perda total emitiu logo uma nota de apoio ao russo, como era de se esperar. Partiu da bancada do Senado, mas... surpresa! Foi rapidamente retirada das mídias sociais, antes que seus efeitos se espraiassem sociedade afora. Felizmente, como já é ditado popular, o print é eterno, nada se perde, e pudemos recuperá-la para entender melhor com que estamos lidando, e como estão lidando conosco!
Porque querem que apoiemos a Ucrânia, se são russófilos? Que mistério é esse? Quem apostou que é por causa do BIDEN, - bingo! - acertou... Então, se os comunistas, socialistas, globalistas, progressistas, “centristas” e tantos outros que apreciam tudo, menos a família, a liberdade, a livre iniciativa, se tantos querem que vamos por aqui, digamos com o poeta português José Régio: NÃO VOU POR AÍ!!! “Não sei pra onde vou, não sei por onde vou, sei que não vou por aí!” Os brasileiros têm aguçada intuição. Não queremos ir com PUTIN, mas tampouco com BIDEN...vejamos os motivos.
Que a Rússia “espalha seus erros pelo mundo” é fato secular, bem conhecido. O que mais se disfarça agora é o passivo que BIDEN, junto com seu filho Hunter, deixou na conta, em seu antigo e extenso relacionamento com a Ucrânia, país sobejamente conhecido como capital da lavagem de dinheiro na Europa.
Também ficou bem discreto um círculo vicioso criado pela União Europeia com seus proverbiais e arrogantes ambientalistas. Por pressão destes, a Alemanha financiou o bilionário segundo gasoduto, que agora abastece a principal economia do continente. O primeiro atravessava a UCRÂNIA. O novo permitiu que fossem desativadas três de suas seis usinas nucleares. Esta obra liberou da dependência da Ucrânia a segurança energética alemã. Por consequência amarrou-a...à Russia! Então, na hora de decretar sanções contra o agressor da guerra, excluem o gás! Também BIDEN exclui das sanções o produto que mais compra da Rússia, o petróleo. Você sabia que em seus primeiros dias de governo, o democrata ambientalista interrompeu as licenças do governo anterior para ampliação deste combustível nos próprios USA? Também ameaçou de sanções o Brasil, caso continuasse a tocar fogo na Amazônia, uma floresta úmida que NÃO PEGA FOGO nem jogando gasolina.
“A opinião conservadora latente
elegeu o líder de uma república
presidencialista sem, contudo,
proporcionar-lhe os complementos
necessários para o pleno
exercício de suas prerrogativas”
Então, como podem essas nações virem cobrar do Brasil uma posição ativa e agressiva no tabuleiro em que jogam tão sujo? Nenhuma cobrança a respeito é feita contra o México, o Chile e outros países que se mantêm discretos. O Brasil tem negócios relevantes tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia. Coincide que se concentram na área de defensivos agrícolas, que viabilizam nosso agronegócio e compõem uma cadeia produtiva que mais e mais nos destaca como principal exportador de comida para o mundo.
Não lhe parece que querem, de fato, é enfraquecer nossa posição crescentemente relevante? Não se satisfazem com nossa postura, tradicionalmente pacífica, de oposição a solução de conflitos por via de armas, nem com nossos votos seguidamente favoráveis nas resoluções do Conselho de Segurança da inoperante ONU. Cobram-nos postura mais beligerante do que aquela que eles mesmos adotam!
Um brasileiro comum comentou comigo com sabedoria um fato sutil da psicologia humana: quando vemos uma briga, e sabemos que um lado é ruim, tendemos a concluir logo que o outro é bom. E isso é FALSO. Um país com tão complexas interdependências econômicas e diplomáticas, como o nosso, tem que se movimentar tendo em vista o interesse de seus nacionais, respeitando seus princípios éticos e zelando prioritariamente pela sua própria soberania e sobrevivência.
Se ficarmos sem defensivos, reduzindo nosso poderio na produção de alimentos, alguém se ilude, imaginando que BIDEN vai nos suprir? Pelo contrário, tanto ele quanto a União Europeia vão continuar a se opor a nosso modo de ser e viver, pois seu desiderato está mais do que manifesto: querem a agenda globalista que vai paulatinamente se ampliando e tomando espaço em mais e mais países. Hoje, europeus que não concordam com a promoção do aborto, por exemplo, começam a ser pressionados e logo sofrerão sanções do resto de seus companheiros do bloco. As restrições à liberdade de expressão que essa gente já promove aqui não deixam dúvida alguma; pretendem boicotar sistematicamente a retomada e ascensão do protagonismo brasileiro.
É hora de lembrar da singela senhora do interior, que escreveu mensagem ao então candidato, sugerindo-lhe o versículo 32 do cap.8 de São João: conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. O candidato acolheu o sutil conselho. E ele se mostra cada vez mais útil. Perdida a eleição, a Esquerda logo iniciou a guerra pela opinião pública, visando reverter as causas de sua derrota. Sua principal arma sempre foi a mentira elaborada, não a escancarada.
Graças às eficazes e incessantes armações midiáticas, a confusão entre fatos e narrativas infestou o ambiente psicossocial do país, criando uma verdadeira Torre de Babel. Só a verdade poderá restabelecer a ordem e nos manter na rota de prosperidade que começamos a recuperar tão bem, após a pandemia que tem origem e causas bem conhecidas. Tal batalha vem se travando todos os dias, Águas Turvas versus Verdade Libertadora. Nem BIDEN, nem PUTIN!
* Advogado e administrador, com longa experiência na gestão de organizações públicas e privatização de estatais
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Tião Aranha
17 de março, 2022 | 11:39“Ninguém é o fino dono da verdade. O fato de ser velho escritor e jornalista não quer dizer que é o sabichão. Democracia significa seguir a maioria. E é por isso que existe a alternância de poder. Seguir mandatário negacionista tá brabo. Risos.”