20 de março, de 2022 | 07:00

Crise preocupante

Fernando Rocha

O cruzeirense está em lua de mel com o time, que tem correspondido dentro de campo, o que não acontecia há dois anos, desde que foi rebaixado à segunda divisão nacional.

Diz o ditado que “depois da tempestade vem a bonança”. Ledo engano para a torcida celeste, que vive agora outro inferno astral, devido às turbulências de sua política interna.

O ex-governador e ex-presidente da República, Tancredo Neves, com a sabedoria e a vivência de velha raposa da política mineira, gostava de dizer: “O que vale é a versão e não o fato ou a suposta verdade, já que cada acontecimento tem tantas avaliações, que quase nunca se sabe o que realmente aconteceu e quem está dizendo o justo, correto e verdadeiro”.

Então, a SAF/Cruzeiro deseja agregar ao seu patrimônio as Tocas I e II, como garantia ao pagamento que terá de fazer da dívida fiscal de R$1 milhão mensal a partir de outubro deste ano, pactuada com a Fazenda Nacional, sob pena dos imóveis citados e dados como garantia irem a leilão, pois o clube, dificilmente, terá condições de honrar o compromisso, com o qual os conselheiros não concordam.

Agora, imaginem se o Ronaldo pular fora? Estes conselheiros, que foram coniventes com os desmandos, a corrupção, os erros administrativos das diversas administrações anteriores, que levaram o Cruzeiro à situação atual, vão formar um grupo, tipo os “4 erres” do rival Galo, para salvar o clube da insolvência? Acredito que não. A verdade é que ninguém tem certeza do que vai acontecer caso Ronaldo desista de continuar o projeto da SAF/Cruzeiro, o que deixa o torcedor cada vez mais triste, chateado e preocupado com o rumo que tudo isso poderá tomar.

Agora vai

Terminada a enfadonha fase de classificação do Campeonato Mineiro, agora, teremos jogos decisivos de mata-mata na semifinal e depois a final em jogo único. Com a utilização do VAR, enfim, agora é que a onça vai beber água.

O Galo vai pegar a Caldense na semifinal como franco favorito para chegar à final e conquistar o tricampeonato. O técnico “Turco” Mohamed aproveitou a disputa para testar jogadores, fórmulas táticas, enfim, fez o que devia ser feito e terminou a fase classificatória em primeiro lugar.

Agora, quando irá lançar de fato o time titular, a expectativa é que o futebol apresentado seja bem melhor do que se viu até agora, visando, principalmente, aos compromissos futuros e mais importantes, pelo Brasileirão e pela Libertadores.

Tem time, elenco, tudo para ganhar o Campeonato Mineiro, que passou a ser uma obrigação devido à disparidade técnica em relação aos concorrentes.

FIM DE PAPO>/b>

Inferno astral é o que está vivendo o ex-goleiro e ídolo da torcida cruzeirense, Fábio, após a eliminação do Fluminense na Pré-Libertadores, para o Olímpia do Paraguai. Fábio falhou feio no gol que o tricolor levou no primeiro jogo do Maracanã, que acabou fazendo falta em Assunção. O Flu tentou administrar a vantagem de dois gols, mas tomou um 2 x 0 e nos pênaltis Felipe Melo e Willian Bigode erraram as cobranças.

Fábio, que já foi “santo” para a torcida celeste, por pegar muitos pênaltis, não conseguiu fazer nenhuma defesa e agora está sendo crucificado pela torcida carioca. Mas nada disso justifica o que fizeram cerca de 15 marginais, que se diziam torcedores e foram ao aeroporto para agredir jogadores e membros da delegação do Fluminense, dando muito trabalho para os seguranças e a Polícia Militar.

Foi no mínimo risível, estapafúrdia, a primeira declaração do presidente do América, doublê de deputado estadual, Alencar Júnior, após a conquista da vaga na fase de grupos da Libertadores. O Coelho recebeu até aqui cerca de R$ 21 milhões em premiações da Conmebol, mas o dirigente alega “despesas com viagens, premiações etc”, para não contratar reforços de verdade. Ao invés disso, anunciou o atacante repatriado da Rússia, Paulinho Boia, frustrando a sua torcida após a heroica classificação no Equador.

Claro que todo atleticano queria a volta do capitão Alonso, que o Galo trouxe de volta da Rússia, aproveitando a oportunidade aberta pela guerra na Ucrânia. Resta saber como o técnico “Turco” Mohamed fará para controlar o vestiário com tantos “caciques” no grupo, como Godín, Réver, Igor Rabelo, Hulk, além dos egos inflados de Savarino, Keno, Vargas, Alan e outros menos cotados, que deram muito trabalho para Cuca na campanha vitoriosa do ano passado. "Profissionalismo não é só cumprir as obrigações e lutar pelos direitos. É também ter afinidade e cumplicidade com os sonhos, com as pessoas e com a instituição em que trabalha”. Tostão (Fecha o pano)

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