20 de março, de 2022 | 08:30

''Não vale a pena'', afirma ipatinguense que fez uso de medicamento para emagrecer

Arquivo pessoal
Focada na melhoria de sua qualidade de vida, Mariana Goulart adotou a prática de atividades físicas e alimentação saudável Focada na melhoria de sua qualidade de vida, Mariana Goulart adotou a prática de atividades físicas e alimentação saudável

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na semana que passou, uma lista com medicamentos para emagrecer e que agora estão suspensos no país. A decisão foi embasada após situações adversas, em que pessoas tiveram problemas de saúde ou, em casos mais graves, vieram a óbito. A ipatinguense Mariana Cristina Ribeiro Goulart, de 34 anos, passou por maus bocados após ingerir um dos remédios.

Mariana, que é jornalista e atualmente reside em Belo Horizonte, relata ter feito uso do medicamento Black Slim. “Foi a primeira e única vez. Senti muita dor de estômago, náusea, dor de cabeça e a boca secava a ponto de não conseguir falar. Uma sensação que nunca havia sentido na vida, foi horrível. Fiquei muito constipada e passei muito mal. Senti prisão de ventre e dor abdominal, não conseguia ir ao banheiro”, recorda.

Sobre fazer uso de medicamentos para emagrecer, Mariana é categórica ao dizer que não vale a pena. “Primeiro porque o desconforto é tão grande, que não dá para fazer as atividades do dia a dia. Além disso, o medicamento faz com que a gente não sinta fome, mas nos causa fraqueza e indisposição. Vale a pena cortar alguns alimentos calóricos e tentar ajuda com um profissional que entenda de nutrição alimentar e te indique o que ingerir para eliminar gordura corporal. Um educador físico poderá recomendar atividades para o seu tipo físico e objetivo. É o melhor a se fazer”, avalia.

Cultura do remédio e da magreza

A jornalista acrescenta que a cultura do brasileiro é de ingerir medicamentos como atalho, mas que o momento é de rever o pensamento. “Ao mesmo tempo, percebo que as pessoas estão tentando se cuidar mais e ingerir alimentos saudáveis, com o objetivo de viver melhor. Tenho visto muita gente correndo na rua ou praticando exercícios ao ar livre, o que faz com que seja mais prazeroso”, aponta.

Recentemente, a morte da cantora Paulinha Abelha causou comoção no país. Em uma das entrevistas concedidas, o marido informou que ela fazia uso de medicamentos para emagrecer (que pode ter sido uma das causas da morte da artista). Para Mariana, este foi um sinal de alerta e que deve alcançar mais pessoas. “Fiquei assustada com essa notícia e lamentei muito. Uma mulher tão jovem e, certamente, influenciada pela cultura da magreza e do corpo perfeito, acabou consumindo os medicamentos em excesso para ser aceita e ser bem vista no palco. O corpo não faz de ninguém melhor ou pior. Nós, mulheres, temos muito mais o que mostrar. Precisamos nos ajudar e nos fortalecer para que não morra mais ninguém na tentativa de ser aceita pela sociedade”, conclui.
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