25 de março, de 2022 | 05:00

Parceria inédita celebra o modernismo em Minas

“O Modernismo em Minas Gerais” é o nome da programação em parceria inédita entre a Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Appa Arte e Cultura, em Belo Horizonte, para celebrar o centenário do modernismo brasileiro, representado pela Semana de Arte Moderna de 1922, com destaque para o núcleo modernista de Minas Gerais.

A iniciativa é viabilizada com recursos do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), totalizando R$ 2,4 milhões. A Fundação Clóvis Salgado preparou uma programação para todo ano de 2022 e que vai destacar a participação de Minas Gerais no modernismo, os principais nomes do estado, as contribuições em nível nacional e as consequências do movimento na cultura.

Entre os destaques da programação estão: ciclo de debates, saraus modernistas, espetáculos musicais, mostra de cinema, lançamento de longa-metragem documental, espetáculo de dança, concertos sinfônicos, mostra fotográfica, espetáculo teatral e publicações. As atividades acontecerão no Palácio das Artes e de forma virtual.

Cristiano Machado/Imprensa MG
O barroco mineiro encantou os modernistas, por sua arte genuinamente brasileiraO barroco mineiro encantou os modernistas, por sua arte genuinamente brasileira

Barroco mineiro

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX.

Em visita a Ouro Preto, em 1919, Mario de Andrade se encantou com o barroco mineiro, por sua arte genuinamente brasileira. Nasceu daí a base conceitual do modernismo brasileiro e a Semana da Arte Moderna. A pintora Zina Aita e o poeta Agenor Barbosa foram os únicos artistas mineiros a participar da Semana da Arte Moderna de São Paulo. Ambos se destacavam por apresentar uma nova forma de ver o mundo.

Cristiano Machado/Imprensa MG
As atividades da programação acontecem no Palácio das Artes, em BH, e também de forma virtualAs atividades da programação acontecem no Palácio das Artes, em BH, e também de forma virtual

Em 1924, os principais expoentes do modernismo nacional desembarcaram em Belo Horizonte, e encontraram uma jovem capital que vivia sua efervescência cultural proporcionada por uma geração diferenciada e incomodada com as grandes transformações sociais e urbanas.

Nas décadas seguintes, as grandes transformações de Belo Horizonte seriam estendidas para todo o Brasil, influenciando a cultura brasileira, culminando na construção da política educacional, cultural, do reconhecimento e preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. Outro legado foi a revolução no urbanismo e na arquitetura sintetizada no Conjunto Moderno da Pampulha, na década de 1940, e na construção de Brasília, na década de 1960.
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