11 de abril, de 2022 | 11:47

Localizado Monza que pode ter sido usado durante atentado contra casal em Ipaba

Dois suspeitos foram também detidos e conduzidos para prestarem esclarecimentos à Polícia Civil

Duas pessoas foram conduzidas para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Ipatinga, depois da localização do Chevrolet Monza, veículo que pode ter sido usado na tentativa de homicídio contra um casal na noite de sexta-feira (8), em Ipaba, conforme já divulgado pelo Diário do Aço. O carro foi localizado por equipes da Polícia Militar no bairro Industrial, em Santana do Paraíso.

A vítimas, Francielle Cristina Miranda de Souza, de 27 anos, e Hebert Mateus da Silva Batista, de 25 anos, foram atingidas por disparos de pistola calibre 380 na avenida Agostinho Teodoro da Cunha, no bairro Bela Vista, em Ipaba. O casal estava em um Corsa quando foi surpreendido pelo criminoso que desembarcou de um Monza modelo antigo.

Enquanto as vítimas, gravemente feridas, eram socorridas e encaminhadas ao Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde ficaram internadas, os policiais passaram a realizar buscas para identificar e prender os envolvidos no crime. As câmeras do Olho Vivo, sistema de monitoramento da cidade, filmaram o veículo utilizado pelo criminoso.

Com base em informações de moradores, os PMs analisaram as imagens do Olho Vivo e, em uma das câmeras, conseguiram visualizar a placa do veículo usado na fuga. Segundo o registro do Detran, seria de um Monza de cor marrom e pertencia uma mulher.

Os policiais chegaram à proprietária do carro, mas descobriram que ela já havia vendido o Monza, inclusive, passando por outras pessoas que não fizeram a transferência do veículo junto ao Detran. Após as buscas, os policiais chegaram à atual dona do automóvel.

O carro fica com o marido desta mulher, W.G.G., de 27 anos, que possui um lava a jato no bairro Industrial, em Santana do Paraíso. O suspeito alegou que sexta-feira à noite emprestou o carro para J.H.V.S., de 24 anos, para passear com a família, porém ele não havia devolvido o Monza até aquele momento.

J.H. também foi localizado pelos policiais, quando confirmou ter saído com a família por volta das 20h de sexta-feira, porém a esposa dele teria desmentido a história, afirmando que o marido saiu sozinho e só voltou por volta das 23h. J.H., ao ser convidado para acompanhar os policiais, tentou fugir, mas foi contido e algemado para não escapar.

Uma informação indicou que W.G. recebeu um telefonema da esposa sobre a presença dos policiais na casa deles. Assim que foi informado que os policiais iriam ao lava jato, ele pediu que um funcionário retirasse o Monza do local, além de J.H. entregar uma sacola com roupas para ser também retirada do estabelecimento.

Carro estava guardado em uma residência no Industrial

O carro foi encontrado no quintal de uma casa na rua Estônia, no bairro Industrial. O veículo, como pode ter sido usado em um crime, foi apreendido e removido ao pátio credenciado pelo Detran. No interior do Monza nada de ilícito foi encontrado, mas ele ficou à disposição da Polícia Civil para ser periciado durante as investigações.

Os dois suspeitos, J.H. e W.G., entraram em outras contradições para tentar explicar a situação. A esposa do dono do lava jato e o marido tiveram um bate-boca por causa da versão apresentada e a mulher alegou que “não se envolveria nos rolos” do marido.

Os dois suspeitos foram encaminhados para o plantão da Delegacia de Polícia Civil para prestarem esclarecimentos. W.G., segundo a PM, é beneficiário da Justiça e está cumprindo parte de uma condenação no regime aberto.