22 de abril, de 2022 | 09:30
Com greve dos servidores do INSS, perícia médica ainda está paralisada em Ipatinga
Nesta sexta-feira (22) completa um mês de duração a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na agência do Centro de Ipatinga, os serviços de perícia médica ainda estão 100% parados, enquanto outras atividades funcionam de forma limitada. A categoria reivindica melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial de 19,9%.
Até o fechamento desta edição, nesta quinta-feira, o INSS não havia respondido o Diário do Aço sobre a situação da greve dos servidores.
O assistente social da agência do Centro de Ipatinga, Marco Aurélio Costa, informou ao Diário do Aço que a unidade em que trabalha está aberta, porém, com funcionamento administrativo de 75% de servidores. Já o setor de serviço social está funcionando em 25% e a perícia médica está 100% em greve. A população pode continuar requerendo os benefícios via 135 ou pelo site meu.inss.gov.br”, afirmou.
Cenário
Em Minas Gerais, a mobilização dos servidores foi iniciada no dia 23 de março. Conforme já publicado pelo Diário do Aço, o INSS chegou a ter 40 mil servidores, número que caiu para 16 mil. O quantitativo é incompatível com a demanda que a gente absorve e defendemos realização de concurso público, sem ele, não tem solução. Podem criar plano de gestão, análises remotas, mas sem servidores não tem como fazer qualquer tipo de melhoria. É uma pauta enxuta, mas importante, porque não é só o reajuste e condições de trabalho, mas melhoria do acesso à população ao serviço previdenciário”, reforçam os servidores do INSS.
Sindicato
Em nota publicada no dia 18 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG) afirmou que é um movimento que ficará para história, marcado pela coragem de servidores do INSS que saíram na vanguarda dos federais, inclusive, obrigando o governo a abrir discussão interna sobre a pauta geral, bem como assumir publicamente que pretende corrigir os salários em 5% para todo o serviço público. Um percentual que consideramos insuficiente e irrisório, porém, fruto da luta e da pressão ocasionada também pela força de nossa greve”.
Falta de negociação
A nota também aborda outras críticas em relação à falta de negociação com a categoria. Desde já, manifestamos nosso repúdio à atitude do presidente do INSS e do ministro do Trabalho e Previdência, servidores da casa, que sem nem mesmo estabelecer uma mesa de negociação para discutir a greve que tem como ponto o descumprimento do acordo de greve de 2015 ao que tange à carreira, orientam o desconto dos servidores em greve, estes sempre foram objetos de negociação. Não recuaremos a mais essa pressão, mais esse assédio que já vivenciamos cotidianamente. A saída é endurecer as ações nas Gerências Executivas (GEX) e Superintendências Regionais (SR), nos estados, e na Direção Central (DC), em Brasília, e cobrar desses gestores e gestoras”, pontua.
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Jose
25 de abril, 2022 | 21:23Pois é. Maus de 1.700.000 perícias médica na fila e tem jeito de zerar ess fila sem peritos credenciados na própria agência do INSS. Uma medida fácil de resolver isso é o Governo firmar um acordo com os municípios e utilizar o serviço médico nos postos médico de saúde. Com isso os municípios descontariam nas dívidas que têm com o Instituto Nacional de Seguridsde Social que não é pouca.
Basta haver vontade de quem governa.”
Maria Eduarda
23 de abril, 2022 | 08:13O INSS vem sendo sucateado, poucos servidores. Criaram o inss digital, porém, diminuíram ou acabaram muitos atendimentos presenciais. A greve é legítima. A greve é um pedido de socorro dos servidores para salvar o inss. Eles tem desconto de salário e/ou terão que repor os dias depois. É fake afirmar que recebem sem trabalhar.”