26 de abril, de 2022 | 07:00

Vira a chave

O Galo vira a chave e enfrenta, hoje, um osso duro de roer jogando na casa do adversário, o Independiente Del Valle, no Equador, pela 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores.

Ainda é muito cedo para projeções, mas, se vencer hoje o Del Valle, o Atlético dará um passo muito importante para conseguir a almejada classificação antecipada para as oitavas de final, o que poderá facilitar as definições da comissão técnica sobre a rodagem do elenco diante da maratona de jogos, uma vez que o Galo disputa, paralelamente, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, com jogos praticamente a cada três dias.

A discriminação praticada pelo governo do Equador contra o povo da Venezuela, que enfrenta grave crise econômica há anos, acabou atingindo o atacante do Galo, o venezuelano Savarino, que, por falta de tempo hábil para obter o “visto especial”, exigido dos cidadãos de seu país para entrar no Equador, desfalca o Galo na partida hoje contra o Del Valle.

Outro desafio
Sem tempo para lamentações, os jogadores do Cruzeiro voltam a campo, hoje, para enfrentar o Londrina, às 21h30, no Mineirão, pela Série B, depois do empate em 1 x 1 e do futebol decepcionante contra o Tombense, no último sábado, em Muriaé.

As atuações do time celeste, nas últimas partidas pela Série B e pela Copa do Brasil, estão muito abaixo do esperado; contra o Tombense, talvez, tenha sido a pior de todas elas.

Como consequência disso, o time vem recebendo muitas críticas de setores organizados da torcida, que cobram da SAF/Cruzeiro mais investimentos na contratação de reforços com mais qualidade.

A torcida tem razão de reclamar, até porque agora os salários são pagos em dia, e mesmo que o elenco tenha qualidade técnica limitada, poderia entregar mais do que se vê atualmente ou dar um “sanguinho a mais”.

FIM DE PAPO

No sábado, a torcida do Galo deu, novamente, total apoio e lotou o Independência, mas, logo na entrada dos jogadores em campo, viu-se que algo diferente poderia acontecer, a partir da estranha camisa inventada para homenagear a Arena MRV, cujas obras atingiram 50% do total. A boa ideia foi prejudicada pelo design da camisa, a pior de todas que já vi do Galo. Conseguiu ser mais feia que a horripilante camisa do Corinthians, a de mais fraco gosto do futebol brasileiro.

Depois de jogar bem e fazer 2 a 0 com facilidade, no 1º tempo, o Atlético tirou o pé do acelerador e acabou sendo surpreendido, tomando o 2 x 2 alcançado pelo bem arrumado Coritiba. Turco Mohamed escalou mal e mexeu pior ainda no time, o que, também, não são motivos para os apressadinhos de plantão duvidarem de sua competência. Até então, ele vinha se mostrando competente em tudo. Claro que erra e vai errar, por ser humano que é. Mas não notei nada que possa colocar em dúvida o trabalho dele, pois esse tipo de apagão é normal e vai acontecer mais vezes durante a temporada.

Faz muita falta o artilheiro Edu no time do Cruzeiro e tomara que tenha condições de retornar hoje, depois desse período afastado por contusão muscular. É o principal jogador da equipe e referência no ataque. O técnico Paulo Pezzolano precisa reavaliar a situação de Rômulo, que teve uma brusca queda técnica e vem sendo um dos piores do time. Não pode ser o vilão sozinho, mas já passou da hora de sentar no banco de reservas.

Ainda não joguei a toalha para o zagueiro Godín, cuja contratação ainda defendo como um bom negócio feito pelo Galo. Mas é fato que suas atuações preocupam pela incapacidade de jogar em alto nível. Foi um grave erro do técnico Turco Mohamed escalá-lo juntamente com Mariano, outro veterano que, também, não pode ficar no mano a mano com atletas jovens e rápidos, como Igor Cruz, o principal responsável pelo empate do Coritiba. O tempo é cruel e não perdoa ninguém, daí a necessidade de reavaliar essa situação do Godín e evitar prejuízos maiores à equipe no futuro. “As incertezas e imprevisibilidades do futebol são mais relevantes que nossa pretensa sabedoria”. Tostão (Fecha o pano!)