27 de abril, de 2022 | 09:00

Infectologista reforça importância de vacinação infantil contra a covid-19

José Cruz/Agência Brasil
Vacinação em crianças ainda precisa avançar, de modo a protegê-las também de outras doenças Vacinação em crianças ainda precisa avançar, de modo a protegê-las também de outras doenças

O outono no Vale do Aço tem sido de temperaturas mais amenas e algumas pancadas de chuva, abrindo espaço para doenças provocadas por vírus. A infectologista pediátrica que atua em Ipatinga, Aline Martins de Mello Meira, avalia que a vacinação contra a covid-19 na população infantil, no momento, é insatisfatória e reforça a importância da imunização.

Em Minas Gerais, 68% das crianças receberam a primeira dose, mas apenas 28% receberam as duas doses, aponta.
“Vemos pais receosos quanto à vacinação infantil contra a covid. Para minimizar esse medo precisamos dialogar, conversar sobre as vacinas. Elas são eficazes e seguras. São feitas de tecnologias já estudadas anteriormente, o que possibilitou seu desenvolvimento mais rápido. Passaram por todas as fases do estudo que demonstram sua segurança. Milhões de doses já foram aplicadas em todo o mundo, e isso só vem sendo confirmado”, alerta.

Complicações

A médica acrescenta que como a vacina protege de formas graves da doença, crianças não vacinadas podem ter desde covid leve, covid grave, com pneumonia grave, síndrome inflamatória multissistêmica, apresentação tardia e potencialmente grave da covid, por exemplo.

“Dados (do perfil epidemiológico do estado) mostram que o Vale do Aço tem em média 50% de crianças com a primeira dose da vacina. Com o retorno das aulas 100% presenciais, eventos com aglomerações e flexibilização do uso de máscaras, esta faixa etária continua sob risco da doença. As doenças respiratórias começaram a circular mais cedo que o previsto entre 2021 e 2022. Com o sars-Cov-2 ainda circulando juntamente com outros vírus respiratórios, podemos ter pacientes infectados por mais de um vírus ao mesmo tempo, como influenza e Sars-Cov-2. Não parece haver diferença na gravidade da doença. Mas esta coinfecção ainda é pouco conhecida”, pondera.

Por fim, Aline reitera o que tem sido destacado por médicos e especialistas ao longo dos últimos meses. “Não tenham medo das vacinas. Todas elas foram desenvolvidas visando a segurança e efetividade. As vacinas pediátricas não mostraram eventos adversos graves até o momento. Procurem sempre informações em fontes confiáveis, como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Imunizações. A vacinação é sim importante”, conclui.
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