03 de maio, de 2022 | 07:00

Virar a chave

Fernando Rocha


A diretoria e os jogadores do Galo reclamaram muito, e com razão, da arbitragem neste novo empate de 2 x 2, no último sábado, desta vez com o Goiás, em Goiânia.

Só o assoprador de apito e o VAR é que não viram motivo para expulsar o jogador Danilo, do Goiás, logo aos 5 minutos do 1º tempo, quando atingiu Guga violentamente, a ponto de deixar marcas da sua chuteira na barriga do lateral atleticano.

O pênalti marcado no fim da partida, que deu o empate ao time esmeraldino, também foi discutível, pois o braço do Arana estava encostado ao corpo. Mesmo assim, pela qualidade técnica muito superior ao Goiás, o Galo poderia ter vencido até com facilidade, não fosse as chances claras desperdiçadas pelos seus atacantes e as falhas recorrentes do sistema defensivo.

Agora é virar a chave e pensar na Libertadores, neste jogo importantíssimo de hoje, no Independência, contra o América, pois caso vença poderá encaminhar a sua classificação às oitavas de final da maior competição do continente.

Melhor atuação
O Cruzeiro fez, em Chapecó, a sua melhor apresentação nesta temporada, com o grande resultado de 2 X, 0 obtido com autoridade e personalidade, se impondo diante de um adversário difícil de ser batido em seus domínios.
A vitória sobre a Chapecoense, debaixo de muita chuva e com o gramado pesado, e a boa atuação do time devolveram a confiança à torcida que, pela primeira vez desde o rebaixamento à Série B, pode comemorar a entrada do time no G-4.

Se continuar nesta crescente, jogando um futebol sem brilhantismo, mas bastante competitivo, há sim chances reais de alcançar o principal objetivo que é o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

No próximo domingo, o time fará, no Independência - o Mineirão, outra vez, será ocupado por um show artístico -, um jogo de suma importância contra o Grêmio, adversário direto na briga pelo acesso, quando terá apoio total da torcida em busca da vitória e quem sabe a liderança da competição.

FIM DE PAPO

Os calendários malucos do futebol brasileiro e sul-americano permitem certas coisas estranhas: dois clássicos seguidos entre Atlético e América. O primeiro será hoje, pela Libertadores, e o outro, no fim de semana, pelo Brasileirão. A última vitória do Coelho sobre o Galo foi há seis anos, no dia 1º de maio de 2016, no primeiro jogo das finais do Campeonato Mineiro daquele ano. De lá para cá, um longo tabu foi estabelecido pelo Atlético, que, em 20 jogos disputados, venceu 14 vezes e empatou seis.

O árbitro Bruno Arleu Araújo e o VAR foram péssimos e prejudicaram o Atlético neste empate com o Goiás, mas nada justifica o que fizeram, no pós-jogo, o diretor do Galo, Rodrigo Caetano, e o ex-goleiro Victor, que invadiram o vestiário dos árbitros com xingamentos e impropérios, o que, além de não ter qualquer resultado prático, desgasta a imagem do clube. Como o fato foi relatado em súmula pela arbitragem, ainda pode custar suspensões para ambos e multa ao clube.

Os três últimos empates seguidos do Atlético pela Libertadores botam pressão sobre o time, e só uma vitória hoje em cima do América para acalmar os ânimos da torcida, que anda na bronca, principalmente, com o técnico Turco Mohamed. De fato, as últimas escalações e mexidas dele com a bola rolando não foram muito felizes. O rodízio da equipe titular é necessário, por conta do calendário apertado, mas seria prudente manter uma base para não descaracterizar o time.

Contra o Goiás, as mexidas que o Turco fez - tirando Zaracho e Ademir - diminuíram o poder ofensivo da equipe e fizeram com que o limitado time esmeraldino fosse para cima até conseguir empatar a partida. Quando se mexe na equipe com a bola rolando tanto pode dar certo como dar errado, mas, pela qualidade do elenco do Atlético, não se admite que o time caia tanto de produção como tem acontecido nas últimas partidas. (Fecha o pano!)
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