07 de junho, de 2022 | 07:00
Jogo fraco
Fernando Rocha
O empate de 0 x 0 entre Palmeiras e Atlético acabou ficando de bom tamanho para ambos, mas quem saiu no lucro foi o Corinthians, que, com isso, manteve a liderança da competição.
Antes de a bola rolar, muitos atleticanos se mostravam pessimistas nas redes sociais temendo uma derrota, sobretudo, por não acreditarem no trabalho do técnico Turco Mohamed.
Depois do jogo, muitos tinham mudado de opinião e até elogiavam o técnico, que fez o simples sem inventar na escalação inicial e mexeu bem no time, na hora certa.
No geral, o Atlético se comportou bem, dominou e foi dominado, mas poderia ter sido mais efetivo no ataque para sair com a vitória.
Líder disparado
Na Série B, o Cruzeiro venceu mais uma, 2 x 1 no Operário, em Ponta Grossa (PR), distanciando-se ainda mais na liderança com 25 pontos, 6 à frente do Bahia, vice-líder, e 11 de vantagem sobre o Grêmio, agora o 5º colocado.
Com os bons resultados a cada rodada, o torcedor cruzeirense fica mais empolgado com a possibilidade de retorno à Série A do Brasileirão.
Para o jogo desta quarta-feira, contra o CRB, no Mineirão, apesar do horário ruim das 19h, em pleno dia normal de trabalho, a torcida comprou mais de 30 mil ingressos, antecipadamente.
Se continuar nessa mesma toada, o aguardado acesso deverá acontecer com oito rodadas de antecedência, conforme previsões de matemáticos nas redes sociais.
Nas contas feitas por vários deles, a média de 2,5 pontos do Cruzeiro por jogo, mesmo que caia para quatro pontos a cada duas partidas, levará o time a conquistar 40 pontos em 20 rodadas, sendo que são necessários em torno de 65 pontos, no mínimo, para se conseguir o acesso.
O Cruzeiro ainda tem a seu favor o retrospecto positivo jogando em casa: não perdeu nenhum dos seus quatro confrontos como mandante nesta Série B.
FIM DE PAPO
Na sessão chororô pós jogo do Allianz Parque, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, reclamou do cartão amarelo que recebeu e disse que “Hulk estava apitando o jogo”. Por sua vez, Hulk reclamou do gramado sintético e, para variar também, criticou o árbitro por não punir com rigor o zagueiro Murilo, que lhe deu um chute sem bola. Ambos são dois reclamões contumazes e nem sempre estão com razão, mas é de estranhar mesmo que esse péssimo assoprador de apito, o goiano Ilton Sampaio, tenha sido escalado para apitar pela terceira vez um jogo do Galo no Campeonato Brasileiro. E pensar que a CBF o indicou para representar a arbitragem brasileira na Copa do Mundo do Qatar.
Apesar do empate sem gols, times desfalcados por conta da data Fifa, que só aqui no Brasil faz estrago por não parar as disputas, o clássico entre Palmeiras e Atlético passou um recado bem direto aos demais concorrentes. Os dois são, de fato, os melhores times do país e deverão seguir disputando a ponta do Brasileirão rodada a rodada, até o final. O jogo do último domingo serviu, também, como prévia de um provável confronto entre as duas equipes pelas quartas de final da Libertadores, caso o Palmeiras passe pelo Cerro Porteño e o Atlético elimine o Emelec-EQU.
O atual líder, Corinthians, vem resistindo e se mantendo na ponta, mas passa a clara impressão de ser o jabuti da árvore, aquele que todos sabem que vai cair a qualquer momento. Já o Flamengo continua derrapando e, dessa vez, perdeu de 2 x 1, em pleno Maracanã, para o lanterna Fortaleza, que não havia ganhado de ninguém. O rubro-negro está apenas dois pontos distantes do Coritiba, primeiro do G-4, mas, também, flerta com a zona de rebaixamento, pois está afastado apenas três pontos do Goiás, primeiro do Z-4, que jogou ontem contra o Botafogo, no Engenhão.
Muita gente se assustou, ontem pela manhã, ao ligar a TV para ver Ana Maria Braga e se deparar com a seleção da CBF disputando um amistoso chinfrim contra o Japão. Esta é a realidade atual do que outrora era chamado de “escrete canarinho”, dono de cinco títulos mundiais, e que hoje empolga menos do que vôlei de praia. E que dificuldade para vencer, com gol de pênalti marcado por Neymar, 1 x 0 sobre os japoneses, que continuam neófitos em matéria de futebol. Se jogar essa bolinha, quando pegar uma seleção europeia da prateleira de cima, periga tomar um novo sacode. (Fecha o pano!)
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