08 de junho, de 2022 | 09:30

Casos positivos de covid-19 voltam a aumentar, aponta infectologista

Arquivo DA
Infectologista revela aumento de casos e orienta população a completar esquema vacinal Infectologista revela aumento de casos e orienta população a completar esquema vacinal

O número de casos positivos de covid-19 tem crescido na região. É o que aponta a médica infectologista Mariana Vasconcelos Costa Araújo, que atua em hospitais nas cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço. Diante desse cenário, a profissional reforça a necessidade de tomar a vacina contra a doença, mantendo o esquema vacinal completo.

Mariana destaca que, de fato, houve aumento de casos positivos para covid, em toda a região. “E foi muito expressivo. Registramos essa elevação da penúltima semana para a última e segue em crescente. Os casos continuam aumentando. Quando a gente menciona em percentual, os dados são altos, porque realmente estava muito bem controlado. Para se ter ideia, em algumas instituições, a média de casos atendidos na penúltima semana ficava em menos de 20 por semana. Na última, esse número chegou a mais de centenas. Ou seja, dez vezes mais casos”, relata.

A médica aponta que é um aumento expressivo, mas que ainda não impactou de forma relevante em internações. “Teve um crescimento, mas ainda é baixo, porque o número de internações era praticamente zero. Essas internações são, em sua grande maioria, sem apresentar a forma grave.

Vacinados

Álbum pessoal
Mariana Vasconcelos Costa Araújo atua em hospitais da Região Metropolitana do Vale do AçoMariana Vasconcelos Costa Araújo atua em hospitais da Região Metropolitana do Vale do Aço

Questionada sobre a situação vacinal dessas pessoas, Mariana revela que a maioria recebeu alguma dose. Entretanto, seu esquema não foi completo. “Algumas somente com uma dose ou com duas. É importante lembra que, depois de seis meses, a imunidade decorrente da vacina tende a cair. É fundamental que as pessoas tomem a dose de reforço e para o público mais crítico, os pacientes de maior risco, é muito importante a segunda dose de reforço, totalizando quatro doses”, alerta.

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Época do ano

A profissional lembra que a covid, antes desse período de doenças de outono/inverno, estava num patamar de controle. Segundo a médica, já era esperado que a covid entrasse no grupo de doenças que ocorre nesta época do ano, assim como a influenza e outras viroses respiratórias. “A covid entrou nesse grupo, é uma doença respiratória clássica. A gente precisa ter cautela porque não sabemos do comportamento do vírus e porque tememos pelo aparecimento de uma nova variante. Diante disso, precisamos ampliar a imunização e a adesão das pessoas. Devemos ter cautela, principalmente diante da covid, que já mostrou em muitas ocasiões que não é uma doença fácil de controlar”, reforça.

Se as doenças respiratórias são comuns em tempos mais frios, a notícia não é boa. A atuação de uma nova frente fria deixa a temperatura mais baixa esta semana, no Vale do Aço. A região, que tem média anual acima de 30 graus, experimenta agora temperaturas mais amenas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as baixas temperaturas são resultado de uma frente fria que está estacionada entre o Sul e o Sudeste do Brasil.

Alerta

A principal mensagem de Mariana para os leitores é: “não se esqueçam da gravidade provocada pela covid nos últimos dois anos. Apesar de as pessoas terem sido vacinadas, as doses de reforço são fundamentais, como já ocorre no caso da poliomielite, hepatite B e da influenza”.

A infectologista reitera que somente duas doses não são suficientes para sustentar a imunidade e defesa em relação à covid. É muito importante completar o esquema vacinal, principalmente os grupos de risco, como idosos, pessoas que têm problemas de saúde. “E precisamos reforçar o caso de crianças. Vivemos um 'boom’ de doenças respiratórias pediátricas e que não acontecia há muitos anos, sem precedentes. Com internação, inclusive, aumentou demais. Não obrigatoriamente por covid, mas a doença nesse contexto só vai piorar a situação. O recado é de cuidado, autoproteção e de buscar a vacina, que é o método mais eficaz de prevenção que a gente tem”, conclui.
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