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07 de junho, de 2022 | 16:52

Operação Mercadores do Templo alcança R$ 4 milhões em bens bloqueados de organização criminosa

Divulgação
Recursos bloqueados na operação envolve dinheiro em espécie, contas em bancos, corretores, bolsa de valores e criptomoedas Recursos bloqueados na operação envolve dinheiro em espécie, contas em bancos, corretores, bolsa de valores e criptomoedas

A atuação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) alcançou resultados para desarticular um esquema criminoso desenvolvido em uma composição piramidal para captação de recursos financeiros sob a promessa de lucros exorbitantes. Até o momento, as apreensões e bloqueios realizados por meio de medidas cautelares deferidas pelo Juízo de Unaí, no Noroeste do estado, contra membros da organização criminosa investigada chega a cerca de R$ 4 milhões. As vítimas são de várias cidades mineiras.

A operação “Mercadores do Templo” foi deflagrada no início de maio. A investigação alcançou uma modalidade ilegal de captação e divisão de lucros constituída por meio de pirâmide financeira e crimes conexos. Para convencer as vítimas, os criminosos usavam igrejas e apelos religiosos. Segundo o MPMG, membros da organização criminosa utilizavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam. O chefe do grupo, inclusive, apresentava-se como ''Homem de Deus''

Montantes

A BM&F Bovespa S.A., por meio da B3 S.A., conhecida como a Bolsa do Brasil, indicou um total de R$ 41.376,10 bloqueados por um agente de custódia. Em uma das principais corretoras utilizadas pela organização criminosa, também foi bloqueado o valor de R$ 257.974,70. 

Em relação às criptomoedas localizadas e apreendidas, foram transferidas para uma carteira do MPMG criada especificamente para esse fim, a quantia de 2.53198787 Bitcoins e 86.95475389 Ethereums, totalizando R$ 1.115.692,23. Também foram bloqueadas em outras Exchanges de criptomoedas a quantia aproximada de R$ 450 mil.
 
Além disso, nas contas dos investigados, foram bloqueados um total de R$ 2.109.374,46. O total de valores apreendidos chega na quantia aproximada de R$ 4 milhões. 

Conforme apurado, sobre a movimentação financeira da organização criminosa, de maneira provisória, em apenas em um mês do ano de 2022, foi transferida para as vítimas e assessores a quantia de R$4.656,824,00. Levando em consideração o índice de 8,33% ao mês de juros prometidos como parte do golpe para captação de vítimas, o capital necessário para garantir a devolução do dinheiro entregue à organização criminosa seria de R$ 55.904.249. 

Assim, levando em conta os valores encontrados e apreendidos e o capital necessário para garantir a devolução do dinheiro, os integrantes do MPMG e da PC verificam que não há compatibilidade. "O dinheiro não era investido, ao contrário, era gasto de forma ostentadora pelos investigados”, ressaltam representantes dos órgãos.

Já publicado:
Mercadores do Templo: MPMG e PC esclarecem desdobramentos da operação e orientam vítimas

Alerta 

O MPMG e a PCMG alertam para que os cidadãos evitem desinformação, procurando os canais oficiais de comunicação. Eventuais interferências nas investigações em relação à organização criminosa podem constituir o crime previsto no art. 2º, §1º da Lei de Organização Criminosa (nº 12.850/13), que prevê pena de três a oito anos de reclusão, bem como coação no curso do processo, previsto no artigo 344 do Código Penal, com pena de um a quatro anos. 
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