17 de julho, de 2022 | 17:00

BR-262 está interditada há quase seis meses e usuários da via reclamam

Quem precisa trafegar pela BR-262, no trecho em Abre Campo, enfrenta sérias dificuldades. Isso porque um trecho no km 96 da rodovia está interditado há quase seis meses e o trânsito tem fluído por meio de um desvio improvisado, que está em condições precárias e tem registrado, constantemente, longos congestionamentos, além de oferecer perigo aos motoristas.

O tráfego no km 96 da BR-262, em Abre Campo, foi completamente interditado no dia 24 de janeiro deste ano, após um deslizamento de um talude à margem do córrego do Lage. O trecho é considerado como rota alternativa para o Vale do Aço, quando há interdição na BR-381 e também principal ligação da capital mineira com Vitória (ES).

Conforme divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) o km 96 da BR-262, em Abre Campo é considerado completamente interditado, com o afundamento da pista e sem previsão de liberação.

No local, são realizadas obras emergenciais contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para recuperar o trecho danificado. Até o fechamento desta edição, o Dnit não havia respondido o Diário do Aço sobre o andamento das obras no local, nem sobre a construção de um desvio ou se existe uma previsão para a conclusão dos serviços.

Caos

Conforme o motorista Alessandro Vitor Valeriano, que passa frequentemente pelo km 96 da BR-262, o local está um caos, com obras em andamento e com um desvio não autorizado pelo Dnit. “Os moradores e empresários de Abre Campo resolveram abrir um desvio improvisado próximo ao local interditado, o que ajudou os usuários da rodovia, evitando rotas alternativas mais longas. No entanto, os transtornos causados pelos intensos engarrafamentos próximo ao local interditado têm causado prejuízos a todos”, informou.

Perigo


Segundo o motorista, caminhões, carretas e carros de passeio se misturam em longas e cansativas filas próximo ao km 96 da BR-262. “Há carros entrando perigosamente na contramão na esperança de conseguir fugir do trânsito e colocam vidas em risco. Além disso, a falta de ações de autoridades no local para que o ‘pare e siga’ seja respeitado é outro fator responsável pelo caos existente numa importante rodovia federal de ligação MG/ES”, afirmou.

Limite

Alessandro Vitor também informou que foi colocada uma placa de sinalização proibindo o trânsito de veículos acima de 10 toneladas, porém ele alga que os caminhoneiros não têm respeitado tal limite. “Eles passam mesmo assim pelo desvio, causando intensos engarrafamentos. O desvio já está numa situação precária e acidentes estão sendo registrados ao longo desse período”, ressaltou.

Por causa da estrada do desvio, sinuosa e com piso muito irregular, é comum que carretas agarrem no desvio. A alternativa para não passar por Abre Campo é o desvio por Ipatinga, mas também a BR-381 encontra-se com desvios improvisados em quatro pontos. A opção é dar a volta por Leopoldina.

Origem do problema

Conforme já noticiado pelo Diário do Aço, com a chuva intensa do fim de dezembro de 2021 e começo de janeiro, um córrego provocou uma erosão que engoliu construções e danificou a base de uma grande encosta, no meio da qual foi construída a BR-262, em Abre Campo.

O problema foi se agravando com o tempo, até que a pavimentação da rodovia começou a ceder. Com isso, trincas de tamanhos consideráveis foram formadas na pista. Famílias tiveram que ser evacuadas de suas residências localizadas entre a rodovia e o precipício formado pela erosão. Diante dessa situação, no dia 24 de janeiro, o trecho do km 96 da BR-262 foi interditado totalmente e até hoje não foi resolvido o problema.

Trechos interditados

Assim como no km 96 da BR-262, em Abre Campo, há problemas parecidos na BR-381. Permanecem interditados parcialmente os trechos da BR-381 no km 321, em Nova Era; no km 299, em Antônio Dias; no km 342, em Bela Vista de Minas; no km 451 em Sabará; no km 404, no Bom Jesus do Amparo; e na BR-262, no km 149, em Rio Casca, as faixas principais em cada sentido estão liberadas, mas as obras permanecem. As informações são da PRF.