Expo Usipa 2024 02 - 728x90

20 de julho, de 2022 | 07:55

Vacinação contra o sarampo fica abaixo da meta

O imunizante é oferecido nas unidades de saúde do país em qualquer época do ano

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A meta da campanha era vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo: as criançasA meta da campanha era vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo: as crianças

O percentual de crianças vacinadas contra o sarampo, durante campanha nacional, encerrada no dia 24, ficou abaixo da meta. A informação é da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 47,08% das crianças receberam o imunizante em 2022, cuja meta de cobertura vacinal é de 95%, mesmo percentual esperado em Minas Gerais.

A proteção contra o sarampo é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e rubéola, e faz parte do calendário de vacinação nacional. O imunizante é oferecido nas unidades de saúde do país em qualquer época do ano.

Causas
Uma das consequências da queda da vacinação é o avanço da doença. Depois de ter recebido a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em 2016, o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, o avanço da doença em todo o território nacional. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 mortes causadas pelo sarampo desde 2018, sendo mais da metade em crianças menores de cinco anos.

SES-MG
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da SRS de Coronel Fabriciano, informa que a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo foi encerrada no dia 24 de junho em todo o estado, porém, como a imunização contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, as doses ficam disponíveis durante todo o ano. 

“De acordo com dados do site Localiza SUS, do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal de sarampo em Minas Gerais foi de 65,65% até o fim da campanha, tendo aplicado 1.189.215 doses. A meta da campanha era vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, as crianças. Em Ipatinga a cobertura vacinal foi de 58,96%; Timóteo 52,57%; Coronel Fabriciano 73,06% e Santana do Paraíso 85,23%”, destaca.

No caso de Fabriciano, a pasta municipal informa que atingiu 91% do público-alvo. Paraíso teve 80,6%, segundo a assessoria de Comunicação. O Diário do Aço não recebeu retorno das demais secretarias municipais.

Ministério da Saúde
À Agência Brasil, o Ministério da Saúde disse, por meio de nota, que por intermédio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), vem desenvolvendo e intensificando estratégias necessárias para enfrentamento dos desafios e reversão das baixas coberturas vacinais, em parceria com estados e municípios.

“O Ministério da Saúde incentiva a população a se vacinar contra as doenças imunopreveníveis, e esclarece o benefício e segurança das vacinas, por meio dos seus canais oficiais de comunicação”.

OMS e Unicef
Na sexta-feira (15), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram dados que mostram que a queda da vacinação infantil não ocorreu apenas no Brasil. Em todo o mundo, após dois anos de pandemia, foi registrada a maior queda contínua nas vacinações infantis dos últimos 30 anos.

Segundo as organizações, até mesmo pela dimensão territorial e pelo tamanho da população, o Brasil está entre os dez países no mundo com a maior quantidade de crianças com a vacinação atrasada. Considerada apenas a vacina contra o sarampo, o país é o 8º com a maior quantidade de crianças com o esquema vacinal atrasado.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário