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21 de julho, de 2022 | 14:17

Brasil sofre com falta de remédios por desabastecimento de matérias-primas

Ipatinga começa a sentir os impactos da escassez de substâncias importadas numa conjuntura de demanda aquecida, e alguns medicamentos já faltam nos hospitais, unidades de saúde e farmácias

Divulgação
Alertas sobre o risco da falta de medicamentos vem sendo feitos desde o mês de junho Alertas sobre o risco da falta de medicamentos vem sendo feitos desde o mês de junho

O município de Ipatinga vem sofrendo nos últimos dias com a falta de alguns medicamentos comuns normalmente fornecidos pela rede pública ou utilizados em sua rede de atendimento, devido ao desabastecimento que ocorre em todo o país, em decorrência de fatores externos. O alerta vem sendo feito desde o mês de junho, conforme já noticiado pelo Diário do Aço.

A Secretaria de Saúde informou que cerca de 40 fórmulas de remédios não têm sido repostas, como o ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido popularmente como aspirina, amoxicilina, furosemida, azitromicina, prednizona e vitaminas do complexo B, dentre outras.

“O problema de falta de remédios é nacional e hoje atinge grande parte do país. Porém, a administração de Ipatinga não está indiferente à questão, mantendo contato permanente com os principais órgãos federais e estaduais, como o Ministério da Saúde, Anvisa e a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Infelizmente, trata-se de um colapso no mercado mundial e que hoje penaliza grande parte do Brasil”, destacou o prefeito Gustavo Nunes.

O secretário de Saúde do município, Cléber de Faria, complementou:
“O desabastecimento de remédios que hoje nos assola funciona como uma espécie de ‘efeito cascata’, pois grande parte do Estado e do país também está sofrendo com isso. A demanda aquecida e fatores como a pandemia e até mesmo conflitos bélicos atuais são algumas das razões para essa escassez”, especificou.

Desabastecimento no Brasil e MG

Conforme relatório do Ministério da Saúde, desde o fim de março de 2022 o órgão tem recebido demandas de Secretarias de Saúde, associações de pacientes e Conselhos de Secretarias de Saúde (Conasems, Conass) sobre o risco de desabastecimento e/ou falta de alguns medicamentos. Diante da situação, tem realizado ações para identificar as causas do risco do desabastecimento e buscar soluções para o problema.

As causas diagnosticadas pelos municípios, hospitais e farmácias são a dificuldade na importação de excipientes (substância farmacologicamente inativa usada como veículo para o princípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade) e materiais para embalagem; aumento do custo de fabricação; altas do dólar, combustível e energia, que refletem no preço de produção; alta inesperada da demanda; crise causada pela pandemia de Covid-19; a Guerra na Ucrânia e, principalmente, o lockdown na China.

O fator central identificado como origem do desabastecimento é a falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima de todo medicamento e a principal responsável pelo seu princípio ativo. Mais de 95% da IFA utilizada pela indústria farmacêutica são importadas e 68% vem da China. O Brasil é muito dependente de matérias-primas de países como Índia e China, que são os maiores produtores do mundo.

Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), cerca de 51 medicamentos e insumos estão em falta, incluindo itens como dipirona venosa, soro e contraste e, também, remédios para enfermidades como Mal de Parkinson, diabetes e hipertensão.
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Comentários

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Votador

21 de julho, 2022 | 19:24

“A inoperênacia dos responsáveis são claramente acobertadas pelos passadores de pano....
Tem medicamento estragando nos depósitos do M. da Saúde!
Além de que, com a redução do ICMS, a falta será uma constante....”

Viewer

21 de julho, 2022 | 16:02

“Efeito claro da crise logistica mundial que quebrou as cadeias de produção e distribuição do mundo todo.”

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