29 de julho, de 2022 | 09:40

Usiminas registra lucro líquido de R$ 1,060 bilhão no segundo trimestre de 2022

A informação foi divulgada pela companhia na manhã desta sexta-feira (29)

Divulgação
Vendas de aço no mercado interno têm alta de 9% no período; Todas as unidades de negócios tiveram avanço no EbitdaVendas de aço no mercado interno têm alta de 9% no período; Todas as unidades de negócios tiveram avanço no Ebitda

A Usiminas registrou lucro líquido de R$ 1,060 bilhão no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 77% inferior ao reportado em igual etapa de 2021 e 16% abaixo do primeiro trimestre deste ano. A informação foi divulgada pela companhia na manhã desta sexta-feira (29).

Por meio de nota, a empresa atribuiu o desempenho às “perdas cambiais registradas no fechamento do trimestre, parcialmente compensado pelo melhor lucro operacional antes do resultado financeiro no período”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,9 bilhão, contra R$ 1,6 bi no trimestre anterior (Primeiro trimestre de 2022 - 1T22), uma alta de 23,7%. A margem Ebitda Ajustado Consolidado ficou em 22,6% no 2T22, frente aos 19,9% do 1T22.

No segundo trimestre, destaque ainda para as vendas totais de aço de 1,1 milhão de toneladas, sendo 87% destinadas ao mercado interno e 13% às exportações, ante 76% e 24% nos três primeiros meses do ano. Em função de perdas cambiais registradas no fechamento do trimestre, o lucro líquido ficou em R$ 1,1 bilhão, 16,1% inferior ao do 1T22. As perdas cambiais foram parcialmente compensadas pelo melhor resultado operacional.

Na avaliação do presidente da Usiminas, Alberto Ono, os resultados do segundo trimestre apresentaram avanços importantes. “Sempre com foco no atendimento ao mercado interno, a Usiminas apresentou uma evolução de 9% nas vendas realizadas no país, com uma melhoria no nosso mix de produtos, e Ebitda em alta tanto na Siderurgia, quanto na Mineração Usiminas e na Soluções Usiminas”, afirma.

Alberto Ono destaca, também, os aportes que vêm sendo feitos na reforma do Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga. “Este é um dos maiores e mais complexos projetos dos últimos anos. A reforma do equipamento, cujos preparativos já foram iniciados, é um dos grandes desafios que temos pela frente. É uma reforma com investimento de cerca de R$ 2 bilhões e que vai gerar em torno de 8 mil vagas de trabalho”, acrescenta.

A companhia divulgou nesta sexta-feira Fato Relevante, por meio do qual informa, também, que a retomada do Alto-Forno 2 está prevista para o próximo mês de outubro, com Capex mantido em R$ 35 milhões. O retorno desse equipamento foi baseado na programação de produção e no estoque de placas da companhia, em função da paralisação temporária do AF-3.

O Caixa e Equivalente de Caixa da companhia consolidado em 30 de junho de 2022 ficou em R$ 5,6 bilhões, inferior em 15,3% na comparação com 31 de março de 22, quando registrou R$ 6,6 bilhões. A redução se deu em função, principalmente, do pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2021.
Com relação à dívida bruta consolidada em 30 de junho de 2022, de R$ 6,1 bilhões, foi registrada alta de 8,9% em relação ao trimestre anterior, principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar em 10,6% no encerramento do período. O destaque positivo foi a rolagem de parcela da dívida no valor de R$ 700 milhões e a inexistência de dívida relevante de curto prazo.

Unidades de Negócios

Na Siderurgia, o Ebitda Ajustado dessa unidade de negócio alcançou R$ 1,5 bilhão no período (2T22), ante R$ 1 bilhão no primeiro tri (1T22), uma alta de 43,8%. A margem Ebitda Ajustado foi de 18,8% (14,6% no 1T22). A Usina de Ipatinga registrou uma produção de aço bruto de 671 toneladas no segundo trimestre, com queda de 0,9% quando comparada a dos três primeiros meses do ano. A produção de laminados das usinas de Ipatinga e Cubatão totalizou 1,07 milhão de toneladas, com redução de 1,7% na comparação com o 1T22.

Na Mineração Usiminas, o volume de produção no último trimestre (2T22) atingiu 2,3 milhões de toneladas, um aumento de 35,3% quando comparado aos números do primeiro trimestre (1T22), representando uma retomada nos níveis de produção, após um primeiro trimestre que foi fortemente impactado por recordes de chuvas com paralisação temporária das operações no período.

O volume de vendas da unidade de negócios Mineração atingiu 2,4 milhões de toneladas no 2T22, com alta de 48,4% quando comparado ao trimestre anterior, 1T22.

Já na Soluções Usiminas, empresa que atua no mercado de distribuição de aço, serviços, fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro, a receita líquida, de R$ 2,4 bilhões, teve alta de 13,1% em relação ao trimestre anterior (1T22). O Ebitda Ajustado da unidade ficou em R$ 269 milhões no segundo trimestre, 301,4% superior ao dos três primeiros meses de 2022. A margem Ebitda Ajustado foi de 11,1% no período (2T22), contra 3,1% no primeiro trimestre.

Agenda ESG

Em linha com seu compromisso com a Agenda ESG e os temas de sustentabilidade, a Usiminas apresentou uma evolução nas metas divulgadas. Entre outros resultados, o nível de recirculação de água no período (2T22) atingiu 94,8%. Um outro ponto de destaque foi o número de mulheres nas turmas de Formação de Aprendizes, que encerrou o trimestre alcançando 58,8%. Já o Índice Geral de Satisfação dos Clientes chegou a 90,3%. O atingimento das metas estabelecidas segue de acordo com o planejado, também, no que diz respeito à temas como Eficiência Energética e combate às mudanças climáticas.

Destaque ainda para a descaracterização da Barragem Central da Mineração Usiminas. No último mês de maio, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) oficializou a descaracterização da última estrutura de disposição de rejeitos construída a montante na unidade.

Dando continuidade às ações que marcam os seus 60 anos de operações, a empresa vem incrementando seu apoio e incentivo às iniciativas de responsabilidade social, entre elas projetos culturais nas comunidades onde está presente. Nesse contexto, as empresas Usiminas se destacaram como uma das maiores investidoras em cultura por meio das leis de incentivo em 2021, posicionando-se como a quinta maior incentivadora da cultura no país pela Lei Federal e a terceira em Minas Gerais pelas leis estaduais.
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Comentários

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Zé Doido

29 de julho, 2022 | 11:45

“Do que adianta todo esse lucro e recorde de produtividade?
Os trabalhadores só recebem uma ínfima PLR e os acionistas que nem sabem onde fica Ipatinga é que enchem seus bolsos de dinheiro, ou seja, ficamos somente com a parte ruim, a poluição e com os empregos com salários muito aquém das demais siderúrgicas.”

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