30 de julho, de 2022 | 10:30

Renata Regina, do PCB, defende importância da valorização do servidor público

Bruna Lage
Para Renata, não é possível aceitar que os direitos básicos da população sirvam ao interesse privadoPara Renata, não é possível aceitar que os direitos básicos da população sirvam ao interesse privado

Em passagem pelo Vale do Aço nessa semana, a pré-candidata do PCB ao governo de Minas Gerais, Renata Regina de Abreu Rodrigues, esteve no estúdio do Diário do Aço, quando concedeu entrevista. Dentre as propostas defendidas por ela, está a valorização dos serviços e do servidor público. Renata, que é doula, jornalista e fotógrafa, cumpriu agenda na região ao lado de Sofia Manzano, pré-candidata à Presidência.

Questionada se o governo nas mãos de uma mulher seria a mudança que Minas precisa, Renata aponta que seria importante, mas o debate é mais amplo. “O mais determinante é a mudança de classe em relação ao poder, não só a questão de gênero. Compreendendo que as mulheres são a maioria da classe trabalhadora, mas passa pela questão de gênero também. Quando tiver mais mulheres nos cargos de tomada de decisão, consequentemente vamos avançar, de forma que toda a classe trabalhadora seja melhor representada e tenha seus direitos garantidos”, avalia.

Lei de responsabilidade

Sobre o pagamento do piso salarial aos trabalhadores da Educação – que em Minas Gerais o governador Romeu Zema (Novo) afirma pagar de forma proporcional-, Renata Regina destaca que, assim como a pré-candidata à Presidência, entende ser necessário acabar com a lei de responsabilidade fiscal e instituir a lei de responsabilidade social. “O que não significa que haveria desperdício de recursos públicos, porque essa lei seria aplicada de maneira a coibir a corrupção e garantir os direitos essenciais e fundamentais da população. Toda a classe trabalhadora seria respeitada. Isso inclui, num curto intervalo de tempo, garantir o pagamento dos pisos salariais da educação e de todas as categorias”, afirma.

Renata revela ter ouvido de outras categorias de trabalhadores, pelo estado afora, que não recebem o piso nacional instituído para sua categoria. “Então, acabando com a lei de responsabilidade fiscal e garantindo uma lei de responsabilidade social, conseguiremos que os trabalhadores recebam seu piso e avancem, para que sejam mais bem remunerados, porque o piso ainda não alcança o que seria considerado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o salário mínimo ideal para o brasileiro”, frisa.

Outros pontos

Dentre outras áreas em que prega melhorias, a pré-candidata menciona a mineração, e aponta que o governo atual tem atuado de maneira a favorecer alguns, contrariando a legislação instituída após o crime ambiental em Brumadinho. “Precisamos enfrentar esse modelo de mineração predatória, que causa impacto negativo político, econômico e social na vida de muitas pessoas, não somente em nosso estado. Precisamos mudar esse modelo da mineração e isso passa pela questão tributária, que age de forma a favorecer essas empresas e faz com que o cidadão comum pague proporcionalmente mais impostos do que essas empresas”, salienta.

Valorização

Renata afirma ainda que sua pré-candidatura entende a importância e necessidade da valorização dos serviços e do servidor público. Para ela, é preciso garantir que terão condições dignas de trabalho e que a população tenha condições de acessar esses serviços. Ela destaca que a população tem enfrentado um processo de sucateamento e desmonte de todos os serviços públicos, de ofensiva na tentativa de privatização.

“Não podemos deixar que os direitos mais básicos da população sirvam ao interesse privado e sejam objeto de obtenção de lucro. A gente entende que não podemos ter em nosso estado o regime de recuperação fiscal e precisamos rever a forma como lidamos com a dívida pública no estado, para garantir por exemplo uma lei de responsabilidade social, como mencionei, garantindo que a população tenha acesso aos seus direitos e ao serviço público que tanto precisa”, conclui.

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Comentários

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Ricardo

31 de julho, 2022 | 09:10

“Existem sim exceções, de bons profissionais no funcionalismo público. Defendo veementemente a privatização de todos os órgãos estatais do país. Assim, teremos serviços de qualidade, atendimentos humanizados. Para finalizar, concordo 100% com comentário do zoio”

Edelzuita Ferreira da Cruz

30 de julho, 2022 | 18:18

“Penso que enquanto fecharmos o espaço para novas lideranças vamos estar contribuindo para que famílias Sarney, Arraes, Neves, Bivar, ACM, se mantenham no poder ficando cada dia mais ricos e deixando a classe trabalhadora e o povo brasileiro na miséria.”

Tião Aranha

30 de julho, 2022 | 14:47

“Ninguém quer ser modernista nem aceita nenhuma mudança da noite para o dia. Tal qual aconteceu na Revolução Francesa ocorre hoje no Brasil: dez por cento da burguesia massacrando noventa por cento da classe trabalhadora. A pergunta que não cala é se o povão já deu acabo a esquerda que quando esteve no poder só traiu a classe trabalhadora. Porque quem só vive de promessas é santo, e aí não tem nenhuma santinha. Risos.”

Zoio de Zoiar

30 de julho, 2022 | 11:32

“Ambas candidatas citadas na matéria, são inexperientes, sectárias. E se ganhassem não saberiam o que fazer com o nosso voto. Afinal, só quem perde, pode passar quatro anos criticando quem ganhou e com a fórmula mágica para resolver todos os problemas. Assim que acabar o pleito irá citar uma frase de Darcy Ribeiro em sua rede social.
? Meus fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu. ?”

Jorge

30 de julho, 2022 | 11:10

“? correto afirma, só aparece no período de eleição ,depois somente na tv.”

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