31 de julho, de 2022 | 00:40

Nova era

Fernando Rocha

A nova era do técnico Cuca no Atlético começa hoje, neste jogo importante, fora de casa, contra o Internacional pelo Campeonato Brasileiro.

Sua missão é o que pode se chamado de “trocar o pneu com o carro em movimento”, pois são jogos a cada três dias e pouco ou quase nada de tempo para treinos.

Arrumar a bagunça tática que virou o time nas mãos do Turco terá de ser na base da conversa, mas a grande vantagem é conhecer quase todo o elenco, que, certamente, ainda tem na memória a maneira como ele gosta de jogar.

Outro fator que pode fazer a diferença, para que alcance um novo sucesso, é o fato de ter agora nas mãos um elenco melhor do que deixou, sobretudo, devido à qualidade dos reforços recém-contratados.

Sem escolha
A base do atual do Atlético, que está entre as três melhores do futebol brasileiro, foi montada, em 2020, pelo técnico Jorge Sampaoli.

O time sob o comando do argentino era muito intenso, ofensivo, como gosta o torcedor do Galo, mas tomava muitos gols e, por isso, não se sagrou campeão brasileiro, apesar de perder por apenas três pontos o título para o Flamengo.

Cuca chegou, em 2021, recebeu alguns reforços e teve o mérito, sobretudo, de equilibrar os setores da equipe, que passou a se defender melhor e tomar poucos gols, sem perder o DNA de intenso e ofensivo, tornando-se a mais vitoriosa da centenária história do Galo.

O jogo de hoje, contra o Internacional pelo Brasileirão, é importante sim, mas na próxima quarta-feira tem outro confronto ainda mais aguardado, contra o Palmeiras, no Mineirão, na partida de ida das quartas de final da Libertadores.

O resultado deste jogo contra o colorado gaúcho vai refletir, diretamente, na motivação do time para o confronto da Libertadores, mas não há como escolher ou priorizar um deles, pois, como diz o velho ditado aqui dos nossos grotões, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

FIM DE PAPO

Foi destaque, na semana passada, a reunião entre representantes dos 40 clubes das séries A e B com o diretor de arbitragem da CBF, Wilson Seneme. No entanto, dois dias depois, foi registrada uma das piores atuações de um árbitro e do VAR na atual temporada, o que prejudicou Flamengo e Atlético-PR em partida válida pelas quartas de final da Copa do Brasil.

Pelo menos desta vez, algo diferente aconteceu no dia seguinte à lambança da arbitragem: o assoprador de apito Luiz Flávio Oliveira e o VAR, Wagner Reway, foram afastados por “tempo indeterminado” das escalas de jogos. Vale ressaltar que a única voz na citada reunião com o chefe da arbitragem nacional, que fez críticas contundentes e cobrou punições para os árbitros incompetentes, foi da presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Todos os demais cartolas, sem distinção, passaram pano para o diretor dando a ele um “crédito de confiança”.

Em entrevista à Rádio 98 FM de Belo Horizonte, o ex-árbitro e ex-comentarista Arnaldo César Coelho atribuiu ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a maior parcela de culpa pela péssima fase da arbitragem nacional. Segundo ele, os árbitros, além de mal preparados, estão inseguros devido às interferências do presidente da CBF que, segundo ele, enfia a colher de pau em tudo e não deixa o atual diretor trabalhar com devida e necessária independência.

Depois de receber uma saraivada de críticas, a diretoria do Galo anunciou que a gigante Adidas, nova fornecedora que substituiu a francesa Le Coq, vai reformular a camisa principal trocando a ridícula cor amarela da numeração. A camisa dois – de cor branca -, também, precisa ser repaginada, pois ficou horrível aquela listra preta nas laterais, que tira toda a harmonia do uniforme e passa a impressão de ter acabado o pano e ser remendado com retalhos pretos.

Além disso, o velho problema da falta de produtos para abastecer as lojas continua com a Adidas. O futebol atual não pode mais ser um mundo à parte. Qualquer empresa séria procura identificar a demanda de seus produtos no mercado e busca atender seu consumidor, sem deixar faltar mercadoria. Os clubes e as empresas de material esportivo atuam na contramão dessa premissa e perdem faturamento ao subestimar o tamanho e o poder de consumo das suas torcidas. (Fecha o pano!)
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