24 de agosto, de 2016 | 18:00
Corretores apontam falta de critério da Caixa para avaliação de imóveis
Apartamento pode ter valores diferentes após implantação de sistema
IPATINGA Após a implantação de um novo sistema de avaliação de financiamento por parte da Caixa Econômica Federal (CEF), corretores do Vale do Aço manifestaram insatisfação. Eles apontam que um mesmo imóvel pode ter valor diferente do que tinha antes, se avaliado pelo novo método da CEF. A falta de critério tem interferido na venda e, em alguns casos, levado ao fracasso do negócio.O corretor Junior Soares pontua que o procedimento de avaliação da Caixa, sem critério e coerência, tem acabado com o trabalho dos profissionais. Não podemos vender o apartamento e dizer que o engenheiro vai avaliar no valor real. Esse modelo está em operação há pouco tempo, mas tem sido prejudicial”, aponta.
O também corretor, Wayronn Lima, acredita que a CEF está sem recursos e busca formas de reduzir a venda de imóveis e o uso do Fundo de Garantia (FGTS). Ele acrescenta que a avaliação é feita por um engenheiro pago pelo cliente. Porém, o profissional, que vem de Belo Horizonte ou de outras cidades para isso, define o preço por meio do sistema da Caixa o que, em muitos casos, termina com a perda do negócio.
Junior Soares recorda a venda de um apartamento de R$ 185 mil, com duas vagas de garagem e acabamento melhor, que foi avaliado em R$ 145 mil. Já outro que não tem acabamento, por R$ 172 mil, um pelo sistema anterior e o outro pelo sistema atual. Uma diferença de quase 60%. Isso em Ipatinga, na divisa do Caçula com Canaã”, conta.
Os dois profissionais frisam que se o engenheiro vai à obra e a avaliação não beneficia o comprador, a pressão vem em cima dos corretores. Eles relatam que, em uma das avaliações, um engenheiro chegou a dizer que o apartamento em questão valia, na capital, R$ 200 mil. Entretanto, eles alertam que não é possível comparar uma cidade da região com a capital, já que por aqui não há alguns fatores de valorização como em Belo Horizonte que, por sinal, tem um índice maior que o Vale do Aço.
Alguns engenheiros não têm base para uma avaliação mais concreta, por não serem da nossa região e não pode ser assim. Seria interessante uma parceria da Caixa com corretores regionais e que existisse uma margem de preço entre imóveis com a mesma característica. Por exemplo, qual a diferença de um imóvel de R$ 135 mil para um de R$ 145 mil? Às vezes, a localização, um acabamento melhor ou até mesmo um banheiro a mais. Então, é isso que define. Agora, não dá pra dizer que absurdamente há uma diferença de R$ 5 mil a 10 mil”, observam os corretores.
Caixa
Procurada, a assessoria de Comunicação da Caixa informou que, em relação às avaliações de imóveis urbanos para fins de garantia em financiamentos imobiliários, são realizadas por engenheiros civis ou arquitetos avaliadores, que seguem as diretrizes definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), utilizando método comparativo de dados de mercado.
O trabalho abrange vistoriar (periciar) o imóvel e fazer uma coleta de dados referenciais de mercado, de oferta para venda ou, principalmente de vendas efetivadas de imóveis que sejam comparáveis direta ou indiretamente ao objeto da avaliação.
A partir das informações coletadas, os valores de avaliação são definidos por processos estatísticos e probabilísticos. Dessa forma, avaliações de imóveis semelhantes podem apresentar variações de valor sem que estejam necessariamente incoerentes.
Repórter: Bruna Lage
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Renata
18 de maio, 2023 | 10:38Esse problema é nacional. Eu comprei um imóvel da CEF em 2013 e foi avaliado em 302mil. Agora em 2023 foi avaliado em R$ 330mil (com a infração que temos) Impossível essa avaliação. Consultei as imobiliárias da região e um engenheiro do Bradesco, o valor atual é de R$ 415mil. Conclusão: A CEF prejudica o próprio cliente.”
Cristiano
24 de abril, 2020 | 06:13Tem como contestar uma reprovação do engenheiro da caixa é quando dias demora pra retorno c”
Wender
26 de agosto, 2016 | 03:29Os corretores da caixa estao certos o pessoal do vale do aço tem que cair na real porque os imóveis aqui no vale do aço são muitos mas caros que em outras regiões nobres do Brasil,quem compra imóveis no vale do aço por esses preços absurdos são só as pessoas que nunca viajaram para lugar nenhum pessoas que só conhecem o vale do aco,porque quem conhece outros lugares já mais compraria um imóvel aqui no vale do aço,aqui nao tem nada só tem ar poluído para se respirar,portanto tem que reduzir mesmo os preços.pronto falei!!”
Jorge Abdala
25 de agosto, 2016 | 22:02O Problema e que a farra esta acabando, tem muito imovel avaliado com sobrepreço , principalmente bairros novos de santana do Paraiso, o mercado esta mudando e os imoveis desvalorizando , e os engenheiros nao querem ficar com a batata quente na mão, pois se for fazer uma auditoria na atual garantia que a caixa tem com imoveis novos principalmente bairros recentes santana do paraiso, instala-se uma crise igual a do mercado imobiliario ocorreu nos Estados Unidos em 2008, tem muito ativo podre , o bom e que o brasileiro e bonzinho.”