18 de novembro, de 2008 | 00:00

Pintor é assassinado ao remendar pneu

Wellington Fred


Carlos Geraldo (detalhe) chegou a invadir casas na tentativa de se livrar dos assassinos
PARAÍSO - Uma dívida de R$ 400 pode ser a motivação de um homicídio ocorrido no sábado à noite na rua Acácia, no bairro Águas Claras. O pintor Carlos Geraldo Nascimento, de 40 anos, morreu com dois tiros e vários golpes de cano de ferro na cabeça. A Polícia Militar conseguiu levantar o nome de dois suspeitos, porém eles não foram presos até o fechamento desta edição. O assassinato, segundo dados da PM, ocorreu por volta das 22h, no momento em que a vítima parou a moto Yamaha YBR-125, placa HFZ-9024, em frente ao número 10 da rua Acácia. O pneu traseiro estava furado e seria remendado com a mecânica de bicicleta Iraildes Gobbos, 48 anos, a conhecida “Nina da Graxa”. Quando parou o veículo foram ouvidos os tiros.O rapaz entrou pela casa de Nina e saiu pelos fundos, sendo perseguido pelos assassinos. Carlos passou para o lote vizinho, porém caiu sem vida com dois tiros nas costas. Ele ainda foi agredido na cabeça com golpes de um cano de ferro, suporte feito para antena parabólica. “Meu Deus, fui rezar o Salmo 91 quando aconteceram os tiros”, lembrou Nina da Graxa, ainda bastante assustada.Ela e o marido, Ronaldo Soares, de 37 anos, apontaram para o buraco na parede atingida por uma das balas perdidas. “Deus me deu o livramento, pois eu arredei para encostar-me no sofá segundos antes do tiro. Foi o espaço por onde a bala passou. Havia crianças na sala assistindo DVD, mas ninguém saiu ferido”, contou Ronaldo.O autor dos tiros seria um rapaz conhecido como G.F., que estaria em companhia de W.R. O perito Gilmar Miranda realizou os trabalhos no local e apreendeu o suporte de antena parabólica, amassado devido à violenta pancada na cabeça da vítima.DesesperoEnquanto o DIÁRIO DO AÇO colhia dados sobre o crime, chegaram familiares do pintor. Uma irmã teve que ser contida, pois queria, desesperada, ver o corpo da vítima enquanto era realizada a perícia. O eletricista de força-controle Admilson Santana Nascimento, 37 anos, disse que foi informado de uma ameaça feita por um dos acusados ao irmão. “Ele (acusado) teria dito que iria matar meu irmão, é o que ficamos sabendo. Nem sabemos se é ele mesmo, mas queremos resposta da polícia”, pediu.O corpo de Carlos foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga e liberado ainda no domingo. O velório ocorreu na casa de familiares do pintor, no bairro Industrial. O enterro aconteceu na manhã de ontem, no cemitério de Santana do Paraíso. A vítima era separada, deixou dois filhos, porém morava com uma outra mulher no bairro Águas Claras.
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