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30 de abril, de 2011 | 00:00

“Aranha” condenado a 48 anos de prisão

Barbaridade: Homem foi julgado acusado de matar quatro pessoas e ocultar cadáveres de duas crianças de apenas 10 anos

Wilson Martins/Diário de Caratinga


JULGAMENTO_ARANHA

CARATINGA – Foi condenado no início da noite desta quinta-feira (28) Geraldo Marcelino Moreira, o “Homem Aranha”, de 43 anos, acusado de matar quatro pessoas, sendo que, dessas, ele ocultou os cadáveres de duas crianças de apenas 10 anos, em 2002, no quintal de sua casa. Ele pegou mais de 48 anos de prisão pelos bárbaros crimes que chocaram a região de Caratinga. É a segunda condenação recebida; a primeira que ele já cumpre é de 27 anos de prisão.
“Aranha” foi julgado no Fórum Desembargador Faria e Souza. Ele pegou 48 anos e 80 dias pelas mortes e ainda a ocultação de cadáveres de Thaís Grasielle Inácio e Natália Celeste da Silva Moraes. Ele cumpre condenação de 27 anos pela morte de Juliana Abdala e está na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba.
Sob forte esquema de segurança, incluindo policiais militares, agentes penitenciários e até cães treinados, “Homem Aranha”, que é considerado muito perigoso, chegou por volta das 6h30 da manhã, para o julgamento que estava marcado para começar às 9h.
Muitas pessoas compareceram ao Fórum, e os que conseguiram entrar passaram por revistas com detectores de metais. O julgamento presidido pelo juiz José Venâncio de Miranda Neto, com a participação da promotora Flávia Alcântara e do advogado de defesa nomeado pelo Estado, Anderson Humberto Parreira, teve início às 9h25. A imprensa foi proibida de fotografar ou filmar o julgamento.
Dez minutos depois, quando o corpo de jurado foi composto por seis homens e uma mulher, “Homem Aranha” entrou com um colete à prova de balas, demonstrando muita tranquilidade. Em seguida chegaram os familiares das vítimas Thaís e Natália. Silvânia Aparecida da Silva Moraes, a mãe de Natália, estava chocada e sob efeito de calmantes. Tios e tias de Thaís acompanharam o julgamento. Simone Ferreira Barros, transtornada, dizia o tempo todo que “Aranha” deveria ficar na cadeia pelo resto de sua vida.

Negativa
Após as testemunhas, às 11h45 foi a vez de “Aranha” se sentar no banco dos réus. Esboçando muita calma, ele escutou o juiz narrar os fatos, fazer a leitura de seus primeiros depoimentos. “É mentira”, respondeu “Aranha”. Nesse momento as pessoas que assistiam ao julgamento ficaram horrorizadas. “Aranha” disse nunca ter visto Thaís e Natália, que eram suas vizinhas, e que não sabia o motivo de as ossadas terem sido encontradas no quintal de sua casa.
Quando o juiz leu a sentença, no início da noite, familiares e curiosos que acompanharam o julgamento se sentiram aliviados. “Foi muito bom, graças a Deus a justiça foi feita. Meu coração está limpo e minha alma lavada”, disse a mãe de Natália, agradecendo ainda a Deus por ter feito justiça. George Carvalho, primo de Natália, que sempre lutou para que a justiça fosse feita e acompanhou as buscas pelas meninas, elogiou o trabalho da promotora e disse que o julgamento foi muito bom. (Com Diário de Caratinga)
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