10 de julho, de 2012 | 00:05

'Jamais esperaria que isso fosse ocorrer'

Mulher de pedreiro assassinado por causa banal lamenta perda: "Ele era meu companheiro para todas as horas e vai fazer muita falta"

Em menos de dez dias, três pessoas foram assassinadas no município. O mais recente crime contra a vida aconteceu por volta das 23h de domingo (8), em um estabelecimento comercial na rua Anápolis, bairro Veneza, em Ipatinga. A vítima foi o pedreiro Anelito Jorge, de 38 anos, conforme noticiado pelo Diário do Aço.

Testemunhas contaram à Polícia Militar que no estabelecimento ocorria uma confraternização entre amigos e houve um desentendimento entre o suspeito G.M.S., 25 anos, e Anelito por motivo fútil, uma música. Depois passaram à luta corporal.

Ainda segundo as testemunhas, G.M.S., então, tomou uma decisão que selaria o fim da confusão de forma trágica: passou a mão em uma faca que era usada no churrasco e desferiu vários golpes em Anelito. Em seguida, fugiu do local.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada, mas ao chegar ao local já não havia mais o que fazer. Anelito estava morto.

A perícia da Polícia Civil constatou duas perfurações nas costas da vítima e uma na nádega, lado direito.  
Morador do bairro Cidade Nova, em Santana do Paraíso, G.M.S. foi procurado pela Polícia Militar, porém, sem ser encontrado. Esse foi o terceiro homicídio em Ipatinga em pouco mais de uma semana.

Desentendimento

“Foi uma fatalidade”. Com essas palavras a mulher de Anelito, Sandra Siqueira Silva, 36 anos, que é agente comunitária de saúde, contou ao DIÁRIO DO AÇO que seu marido costumava se reunir com os amigos naquele bar para conversar e beber. “Jamais a gente esperaria que isso fosse ocorrer. O suspeito frequentava a minha casa desde criança, seus familiares são nossos vizinhos. Foi uma fatalidade, e acredito que ele não tinha planejado nada, foi um desentendimento na hora”, relatou.

Sandra disse ainda que recebeu um telefonema de uma amiga, que lhe contou que seu marido tinha levado duas facadas e que corresse até o bar. “Meu irmão estava no local e disse que a briga foi por causa de uma música. Um queria ouvir uma música, e o outro queria ouvir outra”, explicou.

Ainda segundo Sandra, o local já havia sido fechado pela polícia por uma confusão recente. “Pelo que fiquei sabendo, alguns amigos tinham se reunido e a proprietária fez um churrasco, e foi justamente com a faca utilizada no churrasco que ele foi atingido e morreu. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, ainda mais da forma que foi, pelas costas, na traição”, contou.

Sandra disse ainda que tem uma filha de 8 anos. “Ela era apaixonada com o pai. Estou casada há 18 anos com Anelito. Ele era meu companheiro para todas as horas e vai fazer muita falta, é uma perda muito grande”, lamentou.

Atualização:
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