14 de julho, de 2014 | 17:58
Crime em família assusta em Braúnas
Cinco da mesma família são acusados de brutal homicídio
BRAÚNAS – Cinco pessoas foram presas e um adolescente apreendido suspeitos de envolvimento em um homicídio na zona rural de Braúnas. A vítima foi Pedro Gomes Aparecido, de 37 anos, familiar dos acusados do crime. Ele foi assassinado com golpes de facão e seu corpo foi localizado na noite de domingo (13), enterrado nos fundos de uma casa, da própria sobrinha. O crime chocou moradores de Braúnas, município do Colar Metropolitano do Vale do Aço, com cerca de 5 mil habitantes.
Foram presos Janete Geralda Romualdo, de 28 anos, a sobrinha da vítima, Roberto Joaquim Pinto, de 18 anos, Messias de Almeida Pinto, de 45 anos, Joaquim das Dores Pinto, de 54 anos, Clóvis Rodrigues Pinto, de 36 anos, e apreendido um adolescente de 16 anos, também da mesma família.
O sargento PM Noercir Pereira, comandante do 6° Pelotão de Mesquita, informou que o desenrolar do crime começou no sábado, quando os envolvidos e a vítima estavam em uma festa de família. “No meio desse evento, a Janete e o Pedro iniciaram uma briga, onde além de ofensas verbais, ocorreram agressões. Ela e o tio, desde o ano passado, viviam um clima de desavença e já chegaram até a serem conduzidos à delegacia de Polícia Civil após se envolverem em atritos”, explicou.
Em entrevista à imprensa na 1ª Delegacia Regional de Ipatinga na tarde passada, o sargento, informou que, mesmo após a discussão na noite de sábado, todos permaneceram na festa, fazendo o uso de bebidas alcoólicas. “Mais tarde, aproveitando que Pedro estava bêbado e vulnerável, Janete e os demais familiares arquitetaram a execução de Pedro Gomes. Ela quis se vingar da confusão anterior e aproveitou da condição de Pedro”, relatou o militar.
Reprodução
buraco corpo Pedro Braúnas
Por volta das 19h de domingo (13), a PM recebeu uma denúncia anônima, dando conta de que Janete havia participado de um homicídio. Policiais se deslocaram até o imóvel e, ao abordarem a suspeita, ela se defendeu alegando que não sabia de nada. “Chegou a nos dizer que houve na casa apenas a um churrasco de família, sem qualquer tipo de confusão. Não havendo provas, os militares foram embora. Porém, minutos depois, o mesmo denunciante voltou a ligar, informando que o corpo estava escondido, enterrado no quintal da residência de Janete. O informante chegou a passar a localização exata do corpo”, acrescentou o sargento.
Policiais retornaram ao local e encontraram, em um ponto da propriedade da suspeita, uma área com mato queimado e terra remexida. Munidos com ferramentas os policiais começaram a cavar e encontraram partes do corpo. A perícia da Polícia Civil foi acionada, compareceu ao local e verificou que a vítima foi assassinada com 15 golpes de facão e, em seguida, enterrada.
O sargento Noercir informou que ao fazer nova abordagem a Janete, ela negou qualquer envolvimento. “De imediato ela já afirmou que não tinha participação porém, entrou em contradição. Quando perguntamos sobre os demais envolvidos, Janete afirmou que todos tinham ido embora. Ao mesmo tempo falou que não havia mais pessoas envolvidas no crime. Novas informações anônimas revelaram a localização e os nomes de todos os demais envolvidos”, explicou o militar.
A polícia iniciou o rastreamento e, na madrugada desta segunda-feira, localizou e prendeu os suspeitos de participação no crime macabro. No momento em que todos estavam sob domínio da polícia, relata Noercir, Janete voltou atrás e disse que eles estavam todos ligados ao assassinato do tio.
Investigação definirá o papel de cada um no crime
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Caberá ao inquérito da Polícia Civil, a partir de agora, estabelecer qual foi a participação de cada um dos conduzidos na morte de Pedro Gomes. “Sabemos que três deram os golpes de facão na vítima e outros três fizeram a cova. Todos participaram de alguma forma. Agora ficará a cargo da Polícia Civil investigar o que cada um fez. O que sabemos é que esse bando se juntou para ceifar a vida da vítima”, afirmou.
O militar informou que Janete, Roberto e a vítima, Pedro, já têm passagens pela polícia. “Roberto, inclusive, é natural de Coronel Fabriciano e têm várias passagens naquela comarca”, acrescentou o policial.
Os seis envolvidos foram trazidos de Braúnas para a Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga, onde seriam ouvidos pelo delegado de plantão. Caberia ao titular dos trabalhos, decidir pela autuação ou não dos suspeitos.
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