24 de julho, de 2014 | 21:05
Assassino de serralheiro condenado a 18 anos de cadeia
Ronan Kened, além de cumprir a pena, pagará R$ 20 mil de indenização a família da vítima
IPATINGA Cabisbaixo, Ronan Kened Barbosa dos Santos, de 25 anos, ouviu, após 7h de julgamento nesta quinta-feira, sua sentença de condenação. Pronunciada pelo juiz da 1º Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, Luiz Flávio Ferreira, o réu foi condenado a 18 anos de reclusão pelo assassinato do serralheiro Rubens Pena Drumond, de 45 anos.
A sessão do Júri Popular teve início às 9h e terminou pouco depois das 16h. O promotor de Justiça Bruno Jardini e o advogado Josino Pedro trabalharam na acusação do réu. Já o defensor público Alexandre Heliodoro dos Santos foi o representante de Ronan.
Familiares da vítima e do réu compareceram ao salão do Tribunal Júri Vito Gaggiato. Cláudia Justino, a viúva de Rubens, e uma das filhas do casal, de 15 anos, também estiveram no local e se emocionaram.
Conforme consta no processo, o crime ocorreu no dia 12 de março de 2013, na rua Salmos, bairro Canaã. Rubens se preparava para retirar seu veículo da garagem, quando foi surpreendido por Ronan, que efetuou disparos em sua direção. Rubens ainda tentou fugir, mas acabou atingido no tórax, não resistiu aos ferimentos e morreu.
De acordo com o processo, Ronan teria usado crack durante a noite, comprado munição e se dirigido à residência da vítima pela manhã. O réu chegou a dizer que assassinou Rubens, pois acreditava que ele mantinha um relacionamento com sua companheira.
Antes do crime, ocorrências de agressão e tentativas de homicídio de Ronan contra Rubens foram registradas. Nos episódios, em sua maioria, o réu estava sob o efeito de drogas. Ronan foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
No fim da tarde de quinta-feira, ao ler a sentença, o juiz informou que Ronan foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado. Foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade. Além da pena, o Ronan terá que pagar R$ 20 mil para a família da vítima, referentes a danos morais e materiais.
O defensor público, Alexandre Heliodoro informou que já entrou com recurso para recorrer da sentença, no que diz respeito aos quesitos votados. Não recorri em função do tamanho da pena em si, até porque ela foi fixada com precisão. A questão foi o reconhecimento de algumas teses da acusação que, ao meu ver, eram contrárias as provas dos autos. Nesse sentido, a defesa vai tentar rever esse resultado no tribunal. Agora será providenciada a Execução Penal para que ele saia do Ceresp e seja transferido a Penitenciária de Ipaba”, explicou.
Cláudia Justino, viúva da vítima, afirmou que a pena aplicada foi satisfatória. A justiça foi feita, segundo a lei dos homens. A perda da família é irreparável, mas o acusado vai permanecer preso e isso traz um pouco de conforto pra gente”, concluiu.
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