25 de julho, de 2014 | 18:21
Nove pessoas flagradas em garimpo
Envolvidos estavam na zona rural do distrito de Hematita, município de Antônio Dias
DA REDAÇÃO Um grupo de pessoas foi preso nesta sexta-feira por atuarem em um garimpo ilegal. As nove pessoas foram flagradas em uma área rural do distrito de Hematita, próximo a Lagoa Verde, em Antônio Dias. Entre os conduzidos, há uma adolescente apreendida.
O sargento Wesley Chaves, da Polícia Militar Ambiental, explicou que denúncias anônimas informaram que uma área de preservação permanente era desmatada para a extração de pedras semipreciosas, incluindo cristal e topázio. Quando chegamos, várias pessoas correram. Abordamos nove indivíduos, incluindo uma adolescente. Questionados, eles informaram que extraiam as pedras para a venda. Também informaram que o local do garimpo é uma área privada”, relatou o militar.
Com os garimpeiros foram apreendidos 15 quilos de topázio e cristal, além de lanternas, peneiras e ferramentas utilizadas na extração. Essas pedras variam de valor. Já apuramos que outros garimpeiros chegaram a vender uma pedra de 50 quilos de topázio por R$ 60 mil”, acrescentou.
Wesley Chaves explicou que há uma estrutura de garimpo montada no local, com indícios que se trata de uma antiga atividade ilegal na área de preservação. Há vários túneis, alguns com até 15 metros de profundidade. Os conduzidos nos disseram que são muitos garimpeiros. Acreditamos que alguns fazendeiros da região também estão envolvidos no esquema, mas isso ainda será investigado. Sabemos que alguns grupos se deslocam pra lá por volta das 19h e só saem às 4h. Já o outro grupo, composto por esses que prendemos, entram a partir das 7h”, informou o sargento.
Foram presos Maria Lúcia Alves Freitas, Maria Aparecida Freitas, Maria Benedita de Freitas Gonçalves, Antônio Luiz Fernandes, Airton Gonçalves da Silva, Webert Tibes de Oliveira, Robson José de Sá e José Maria Sá Ramos, e apreendida uma adolescente de 17 anos.
A reportagem do DIÁRIO DO AÇO apurou que o grupo detido e trazido para Ipatinga nesta sexta-feira é composto por pessoas aparentemente humildes, com condições financeiras precárias e que decidiram tentar a sorte no garimpo ilegal.
Com as roupas ainda cobertas de lama, o garimpeiro José Maria confirmou que atua na ilegalidade. Tem garimpeiros de alto porte lá, fazendeiro bruto, que pegam as pedras maiores durante a noite. A gente só vai lá pela manhã, quando eles saem, e ficamos com o resto, que não dá quase nada de dinheiro. E se a gente for lá à noite, levamos tiro, porque ficam seguranças armados lá vigiando. Os tubarões, os grandes, que deveriam estar aqui, não estão. E agora vamos pagar por algo que não temos culpa. A extração existe tem anos, agora que ficou divulgado e muita gente passou a ir pra lá. Mas os fazendeiros da região já retiraram milhões de reais com a extração dessas pedras”, afirmou.
O grupo foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga e vai responder pelo crime ambiental. O sargento Wesley informou que eles vão responder pelos crimes de extração de pedras semi-preciosas sem licença ambiental e por esta atividade ter sido realizada em área de preservação permanente.
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