09 de agosto, de 2014 | 00:05
Lúcio não é mais investigador da PC
Exoneração de investigador da Polícia Civil foi publicada no Minas Gerais
BELO HORIZONTE A exoneração do investigador da Polícia Civil, Lúcio Lírio Leal já está efetivada. O ato do governador do estado foi publicado nesta sexta-feira, no Diário Oficial Minas Gerais. O documento foi assinado pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP), no dia 1° de agosto. Lúcio responde a processo pela morte do jornalista Rodrigo Neto.
Conforme consta no caderno um, página 3, do Diário do Executivo, a partir da assinatura do ato, foi aplicada a penalidade de demissão do cargo de investigador da Polícia Civil a Lúcio. A exoneração se deu em função da prática de transgressões disciplinares, que incluem o processo de crime contra a vida que o policial responde.
A assessoria de comunicação da PC informou que, apesar da exoneração, Lúcio Lírio continuará preso na Casa do Policial Civil, em Belo Horizonte. A permanência do ex-investigador no local ocorre em função da nova Lei Orgânica da instituição, de novembro de 2013. Ela prevê que ex-policiais, quando presos, devem ser acolhidos em presídios específicos para policiais.
Também foi informado pela assessoria que o ex-policial pode recorrer da decisão. Lúcio e seu representante legal, no caso o advogado Fábio Silveira, podem entrar com um Pedido de Reconsideração, que deve ser feito diretamente ao Governo do Estado de Minas Gerais. Como o ato foi assinado por Alberto Pinto Coelho, a decisão não cabe mais a Polícia Civil. O pedido pode ser solicitado em um prazo de 10 dias a partir da publicação da decisão no Diário Oficial.
O crime
Em investigações feitas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Lúcio foi apontado como um dos envolvidos no assassinato do radialista Rodrigo Neto. O crime ocorreu em 8 de março de 2013, em frente a um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, no bairro Canaã.
Consta na denúncia do Ministério Público que Lúcio estaria em um Fiat Strada, para monitorar o perímetro, enquanto Alessandro Neves Augusto, o Pitote, e um comparsa, ainda não identificado, assassinaram o radialista. A dupla se aproximou de Rodrigo Neto em uma motocicleta de cor escura e, Pitote, na garupa e de posse de arma de fogo, efetuou disparos no repórter quando ele preparava-se para entrar no seu carro, um Toyota Corolla.
O radialista foi alvejado no tórax, cabeça e costas. Rodrigo Neto não resistiu aos ferimentos e morreu antes de conseguir entrar em seu veículo. Um amigo do radialista, que também estava no local, foi vítima de tentativa de homicídio.
Lúcio foi indiciado pela Polícia Civil, denunciado pelo Ministério Público e pronunciado pelo juiz da 2° Vara Criminal, Antônio Augusto Cales. Ele será julgado no próximo dia 28 de agosto, no Fórum Valéria Vieira Alves, em Ipatinga.
Em entrevistas anteriores, o advogado do ex-investigador, Fábio Silveira, afirmou ao DIÁRIO DO AÇO que seu cliente é inocente. Para o representante do réu, as provas do MP são fracas e insuficientes para a condenação de Lúcio.
Pitote, também envolvido no crime, não será julgado com Lúcio. Devido a recursos ingressados por Rodrigo Márcio, seu advogado, o caso foi desmembrado. Alessandro Neves ainda não foi pronunciado, e caso seja, sentará no banco dos réus em outro momento.
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