09 de outubro, de 2014 | 09:21
Caminhão de colchões arde em chamas
Acidente em desvio por causa da ponte velha interditada reabre discussão sobre omissão em obra
FABRICIANO O acidente que envolveu um caminhão carregado com 139 colchões da Orthocrin em uma rua do Centro de Coronel Fabriciano, na manhã dessa quinta-feira, reaqueceu as discussões sobre os prejuízos com a interdição parcial da ponte velha, sobre o rio Piracicaba. Por causa de rachaduras nos pilares da ponte, no lado fabricianense, a passagem está fechada para trânsito de caminhões desde em novembro de 2012.
Na manhã de ontem, um caminhão que ia para uma loja na avenida Magalhães Pinto teve que pegar o desvio pela ponte nova, entrou em uma via errada, e acabou enroscado na rede elétrica da rua 13 de Maio, atrás do Senac, no Centro. Um curto circuito gerou as chamas sobre o baú de alumínio e a carga foi incendiada. Moradores, em pânico, saíram das casas na apertada rua, que ficou bloqueada pelo caminhão.
O sargento Correia, do Corpo de Bombeiros, informou que a corporação foi acionada por volta de 5h45. "Quando chegamos, a situação era crítica e o fogo nos colchões, altamente inflamáveis, ameaçava espalhar para as casas vizinhas. Com apoio do Corpo de Bombeiros de Ipatinga e um caminhão pipa da Transpaula, conseguimos conter o incêndio", relatou.
Duas residências tiveram danos parciais com o fogo, mas ninguém se feriu porque as pessoas saíram em tempo. Alguns colchões, removidos de dentro do baú antes que se queimassem, foram carregados pela população.
O morador da rua 13 de Maio, José Carlos, disse que foi acordado por familiares informando que havia um princípio de incêndio na rua. "Cheguei a abrir uma torneira aqui e a jogar água com uma mangueira, mas foi insuficiente para conter as chamas", observou.
Os moradores aproveitaram a ocorrência para relatar que, desde a interdição da ponte velha, sobre o rio Piracicaba, a população tem sofrido com o aumento do trânsito na rua 13 de Maio, porque muitos motoristas erram o local da conversão.
A rua é estreita e com intensa movimentação de pessoas. Na rua 13 de Maio funciona, inclusive o Centro de Apoio à Pessoa em Tratamento de Dependência Química (Casib). "Carros leves passam sem problemas, mas os caminhões de maior porte não conseguem fazer a curva facilmente. Se o motorista precisa dar ré, também não consegue. E terminamos em casos como esse aqui", concluiu.
Outro morador, Mário Sabino, disse que já estava acordado, quando percebeu que havia o incêndio na rua. Imediatamente peguei uma filha, de dois anos, e saímos da casa porque o fogo alastrou-se rapidamente, os vidros estouraram e o forro e a cortina começaram a derreter. Cheguei a arredar os móveis para que eles não se incendiassem com o calor perto da janela. Já era para o governo ter resolvido o problema da ponte, porque essa rua não comporta o fluxo de veículos", afirmou.
O motorista do caminhão, Gerado Magela, disse que saiu de Belo Horizonte com a carga de colchões, dormiu no posto Torque Diesel e, pela manhã, iniciaria a entrega de colchões em uma loja da avenida Magalhães Pinto. Se a ponte velha, sobre o Piracicaba, não estivesse fechada para tráfego de caminhões, ele teria evitado passar pelo Centro de Fabriciano.
"Um chapa me indicou que na cabeça da ponte nova virasse à esquerda, para subir a avenida Alberto Scharlet e chegar à avenida Tancredo Neves, a partir da ponte velha e descer para a Magalhães Pinto e ir para a loja Espaço Nobre. Mas errei a rua e essa via é estreita. O baú encostou na rede elétrica e terminou nessa situação", lamentou.
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