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16 de outubro, de 2014 | 14:54

Operação TNT prende sete no bairro Planalto

Grupo abusado usava Facebook para postar fotos de armas e ameaças a desafetos


IPATINGA – Uma operação desencadeada nas primeiras horas desta quinta-feira, no bairro Planalto, terminou com sete pessoas presas acusadas de posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, corrupção de menores e formação e quadrilha e apologia ao crime via Facebook.

Entre os materiais apreendidos estão uma luneta, uma balança eletrônica, R$84 em dinheiro, dez tabletes de maconha que totalizam cerca de dez quilos. A droga estava nos fundos da casa de Binha.

Foram presos Ariane Cristina da Silva, 25 Anos, Jeferson da Costa Oliveira, o Binha, de 22 Anos; Roque Hudson Silva, de 23 anos, Rafael Oliveira Serra Negra, 25 Anos, Tiago Braz de Aquino, O Gão, 26 anos e Marcelo Adriano Da Silva, o Marcelino, 22 anos, todos pesos mediante  mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça.

Binha, por exemplo, é suspeito de participar de um grupo que incendiou um ônibus no bairro Planalto, no começo do ano. Posteriormente foi preso com munição de uso restrito, José Geraldo Luiz, de 52 anos, até então sem passagens pela polícia.

Nervosos, os acusados presos negaram envolvimento com o crime. Rafael disse não saber porque estava preso e negou envolvimento com os crimes. Tiago Braz disse desconhecer a acusação do mandado de prisão. Marcelo Adriano afirmou que não tem Facebook, é casado, tem filho e reivindica a apresentação de provas de seu envolvimento em crimes. "Acharam trem errado com os outros e agora vêm falar que somos todos envolvidos. Que o dono assuma o erro", protestou.

Única mulher do grupo, Ariane Cristina também disse desconhecer porque estava presa. "Não tenho Facebook, trabalho, tenho filho e nunca ameacei ninguém", insistiu. 
Wellington Fred


operação TNT Ipatinga sete presos


Por sua vez, Binha negou ser o dono da droga. “Moro na rua Um e acharam a droga na rua Sete, lá naquela montanha de onde tiraram a invasão. Quero ver como eles vão provar que essa droga é minha. Saí da cadeia recentemente, porque me acusaram de botar fogo no ônibus. Tiveram que me tirar de lá depois de dois meses, por falta de provas suficientes”, afirmou.

Roque admitiu que chegou a postar fotos com arma, que já foi apreendida. “Postava as fotos para intimidar meus inimigos. Atualmente não estou envolvido com nenhum crime. Se tem escuta telefônica, quero ver como eu fui incriminado”, resumiu.  

Operação

No total, 80 policiais militares e 30 policiais civis participaram da ação. O comando da Polícia Militar informou que o planejamento foi feito ao longo de muitos meses pela Polícia Civil, que monitorava elementos probatórios para que as prisões fossem pedidas. "Mais de 30 lugares entre residências e estabelecimentos comerciais foram vistoriados. Entre as pessoas presas, muitas têm passagens pelo Ceresp, saíram, e permaneceram no mundo do crime", afirmou o comandante do 14° Batalhão da PM, tenente-coronel Edvânio Carneiro.
Wellington Fred


operação TNT Ipatinga sete presos


A delegada regional de Polícia Civil, Irene Angélica, informou que os grupos criminosos dos bairros Planalto e Veneza nunca saíram do foco do trabalho da polícia, justamente por causa da violência que adotam em suas ações. “Foi importante a troca de informações com a Polícia Militar e colaboração das pessoas de bem, que repassaram informações para as investigações”, enfatizou.

Levantamentos

O delegado Gilmaro Alves, que coordenou as investigações desde o início, informou que há mais de um ano monitorava o movimento das pessoas ligadas ao crime nos bairros Veneza e Planalto. "Eles são rivais, trocam tiros entre si e fomentam homicídios, tentativas de homicídio e tráfico de entorpecentes. No total, seis pessoas foram presas na operação e uma sétima foi presa por posse de arma de fogo e munição de uso restrito”, explicou.  
Wellington Fred


operação TNT Ipatinga sete presos


Além das pessoas que estavam em liberdade, também foram monitorados presos que, mesmo atrás das grades, postam fotos de dentro das celas, nas cadeias da região, proferindo ameaças contra pessoas.

O delegado acrescentou que, entre os presos, Binha, Gão e Roque são reconhecidos como elementos que impõem o terror na comunidade. “Eles usam páginas no Facebook para fazer, de forma aberta, ameaças e demonstrar poderio. Às vezes aparecem lamentando a morte de um comparsa, às vezes comemorando a morte de um rival. A maioria dessas pessoas presas tem fotos postadas nas redes posando com armas de fogo, manipulando drogas e no uso de entorpecentes", detalhou o delegado.

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