31 de outubro, de 2014 | 07:21

Preso por estupro de vulnerável

Disse que iria comprar presente para menina e foi flagrado com o pênis para fora da calça ao lado do Fórum de Ipatinga


Atualizada - 17h55

 

IPATINGA – Um homem de 56 anos foi autuado e encaminhado para o Ceresp, investigado, pela terceira vez, por pedofilia. Se for denunciado – novamente – por estupro de vulnerável, poderá ser processado e pegar até 15 anos de prisão. A ocorrência foi registrada em plena tarde de quinta-feira, na rua Maria Jorge Selim Sales, Centro de Ipatinga.

 

O sargento PM Pagungue relatou que a mãe da vítima, uma menina de cinco anos, acionou a polícia. A mulher alegou que estava sentada no banco da praça 1º de Maio com seus três filhos, quando se aproximou J.C.S., de 56 anos, um conhecido dela. A filha disse que queria um brinquedo e o homem prontificou-se em comprar.

 

A mãe admite que deixou sua filha deslocar-se da praça 1º de Maio em direção ao Camelódromo com Joel Cândido da Silva. Alguns minutos se passaram e a mulher ficou preocupada com a demora do homem e da menina e acionou a polícia.

 

“Com informações sobre as características do homem e da criança, saímos em rastreamento pelo Centro de Ipatinga. Também recebemos uma denúncia via 190 de que um senhor estaria com uma criança próximo ao estacionamento do fórum e a menina estava chorando”, relatou o policial.

 

O homem e a criança foram localizados no estacionamento atrás do Fórum Valéria Vieira Alves. J.C estava sentado no chão e a menina, que chorava, sentada em seu colo.

 

“Quando nos aproximamos, vimos que Joel estava com o órgão genital para fora da calça. De imediato, efetuamos a prisão em flagrante do autor e acionamos o Conselho Tutelar. Para confirmar os fatos, a criança chegou a dizer que ele tinha colocado as mãos em seu corpo”, acrescentou o sargento.

 

O Conselheiro Tutelar foi acionado e uma conselheira optou por entregar a menina para a avó dela. Os outros dois filhos da mãe da vítima também foram entregues a avó.

 

A mãe da menina, em conversa com o DIÁRIO DO AÇO, afirmou não esperar que o homem cometesse o crime com sua filha. “De longe ele ouviu minha filha falando que queria brinquedo. Falou que compraria e a menina já foi atrás dele. Falei com ela pra não ir, e ela me desobedeceu. Quando fui atrás, não encontrei eles, aí já chamei a polícia. Não sou amiga desse homem, só o conheço de vista. Minha filha foi iludida por ele”, insistiu.

 

Na delegacia de Polícia Civil, J.C. foi autuado por estupro de vulnerável e encaminhado para o Ceresp. Essa é a terceira vez que ele é preso, acusado do crime de pedofilia. O caso ainda está sob investigação e a própria mãe da criança pode ter que responder por negligência na guarda da filha.

 

Defesa

 

J.C. afirmou que é inocente. Segundo ele, apenas levou a criança porque ela pediu para acompanha-lo, mas não chegou a tocá-la.  “Eu estava sentado próximo, e a mãe dela mandou a menina me chamar. Porque ela fica ali na praça pedindo as coisas aos outros. Fui comprar uma coxinha, e a menina foi comigo, pediu para vir. Como eu tenho problema no joelho, eu sentei em um lugar fresquinho. Ai chegou a viatura e o policial já falou que eu estava tentando estuprar a menina. Eu sou inocente. Não ligo para o que os outros falam porque eu tenho minha consciência tranquila. Eu estava sentado ao lado do Fórum, eu ia tirar o pênis pra fora? Fui criado sem pai e sem mãe, não tive orientação nenhuma, mas sou inocente”, afirmou.

 

Entenda

 

A Lei 12.015/09 considera estupro de vulnerável o assédio ou conjunção carnal com pessoa que tem até 14 anos incompletos. A pena pela prática do estupro comum é de 6 a 10 anos de reclusão e a de estupro de vulnerável é de 8 a 15 anos de reclusão. No caso dos menores de 14 anos, a lei considera estupro mesmo se não houver conjunção carnal.

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