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05 de novembro, de 2014 | 06:53

Deu tudo errado para assaltante

Sem conseguir ligar motocicleta, assaltante parou e atravessou caminhão no contorno rodoviário para fugir em carro de morador do Iguaçu

Está preso, em Ipatinga, um morador do bairro Vila Celeste, acusado de um assalto tentado e que terminou de forma inesperada. D.L. de 28 anos, nega o crime, mas foi reconhecido pela vítima.

Tudo começou no meio da tarde de terça-feira, quando o mototaxista G.G.S., de 31 anos, parado em ponto no Centro Comercial de Timóteo, foi solicitado a fazer uma corrida até Ipatinga. Ao passar pela ponte Mauá, para pegar o acesso para o contorno rodoviário da BR-381, o “passageiro” encostou uma arma de fogo na cintura do condutor e anunciou o assalto.

Determinou que o mototaxista entregasse a motocicleta e saísse do veículo. O condutor desceu, desligou o veículo e saiu correndo pela estrada de volta. O assaltante não conseguiu ligar a motocicleta e iniciou a perseguição da vítima, efetuando disparos de arma de fogo.

No percurso, como G.G.S. ganhava distância, o assaltante rendeu o condutor J.M.A., que trafegava pela estrada da ponte Mauá em um caminhão e o ameaçou com um tiro, para que descesse da boleia.

O criminoso seguiu pelo atalho para o contorno rodoviário da BR-381, onde atravessou o caminhão na  pista e forçou a parada de um Chevrolet Prisma, conduzido por E.O.C., de 54 anos, residente no bairro Iguaçu, em Ipatinga. Sob a mira do revólver do assaltante, o condutor teve que dirigir até Ipatinga.

O homem apontava a arma para a cabeça do motorista e determinava que acelerasse, caso contrário, iria matá-lo. O assaltante afirmava que já tinha matado um e não se importaria em matar mais um. O criminoso desceu no bairro Bom Retiro, perto de um ponto de mototaxi, onde liberou o motorista e o carro.

Em rastreamento, policiais militares chegaram à conclusão que o autor da ação criminosa era D.L. de 28 anos, morador do bairro Vila Celeste. Encontrado em sua residência, o homem tinha sobre sua cama o revólver, possivelmente utilizado no assalto em Timóteo, uma réplica de pistola, munições e a camisa que usou no momento do assalto frustrado, na ponte Mauá. O detido também foi reconhecido pelas vítimas como o autor do crime.

Em sua defesa, D.L. negou as acusações e disse que, na hora informada do assalto ao caminhão, ele estava em um bar, ao lado da casa da irmã. “Querem jogar a culpa em alguém e me pegaram morro abaixo. Vou ter que assumir a culpa toda. Aguardo meu advogado na delegacia e o que eu puder fazer para negar, vou fazer. Não fiz isso tudo de que me acusam. Não sou nem dois, nem três. Meu mesmo, aqui, somente as armas. Só respondo pela posse ilegal de arma de fogo. Não tenho nada com assaltos e tentativa de homicídio”, concluiu.

Ouvido na delegacia de Polícia Civil, o detido foi encaminhado para o Ceresp e vai responder por roubo a mão armada (do caminhão), mais duas tentativas de roubo (motocicleta e ao proprietário do Prisma) e duas tentativas de homicídio, por causa dos três tiros disparados contra o mototaxista e o tiro disparado na hora de tomar o caminhão de assalto, o que provocou um ferimento leve em uma das mãos do caminhoneiro. A informação é do delegado de plantão na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, Marcelo Castro.

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