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26 de novembro, de 2014 | 21:01

PC indicia três por fraude no Seguro DPVAT

Segundo delegado, o golpe já foi aplicado mais de uma vez em Ipatinga


IPATINGA – Três pessoas, envolvidas em uma fraude no seguro DPVAT, foram indiciadas pela Polícia Civil. O trio foi investigado por falsificar documentos, incluindo uma certidão de óbito e um boletim de ocorrência da Polícia Militar, para o recebimento dos R$ 13.500. Nenhum dos envolvidos está preso. Os três responderão o processo em liberdade. 

 

O delegado Gilmaro Alves explicou que o golpe ocorreu em setembro de 2009. Um casal, que havia perdido o filho em um homicídio, fraudou documentos para o recebimento do Seguro DPVAT. Um advogado de Ipatinga teria participado do golpe.

 

“Os indiciados falsificaram a ocorrência de homicídio e a transformaram em uma ocorrência de acidente fatal de trânsito. Além da ocorrência, eles falsificaram um atestado de óbito, alterando a causa morte. A vítima morreu traumatismo crânio-encefálico e hemorragia causados por disparos de arma de fogo, na alteração, eles constaram que a hemorragia e o traumatismo foram em decorrência de um acidente de trânsito”, explicou Gilmaro Alves.

 

Conforme informado pelo delegado, uma empresa prestadora de serviços, responsável pela apólice do DPVAT, afirmou que o pagamento foi feito ao trio. “Os indiciados forneceram contas bancárias de pessoas ligadas ao jovem que supostamente morreu por acidente de trânsito. Os pais do jovem receberam parte do dinheiro e a outra parte foi encaminhada ao advogado que participou da fraude”, acrescentou.

 

Gilmaro Alves explicou que o trio, caso denunciado pelo Ministério Público, responderá pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica. “Agora temos que aguardar a decisão do Ministério Público e do Judiciário. O que pode ser frisado é que esse não é um caso isolado, há outros crimes dessa mesma natureza em que pessoas foram assassinadas em Ipatinga e terceiros, aproveitando-se da situação, falsificaram documentos e entraram com recurso para o recebimento do DPVAT. Alguns parentes chegaram a receber este valor. Outros, não”, informou.

 

Falsificação

 

Gilmaro Alves explicou que há alguns anos, vivia no município um homem que se apresentava como despachante e procurava as pessoas que se envolviam em acidentes de trânsito. Esse indivíduo afirmava a essas pessoas que elas tinham o direito ao seguro.

 

“A partir disso e, de posse dos documentos dessas vítimas, eram falsificados boletins de ocorrência e atestados de óbito, por uma quadrilha. Também conseguiam ocorrências em branco e timbradas e as preenchiam de forma manual, como era feito antigamente. Com o preenchimento desses documentos, eles conseguiam a autenticação e aplicavam o golpe. Se batermos o olho, em alguns casos, podemos ver, a fraude, com a falsificação grotesca. Era um grupo tão arquitetado que até carimbos da Polícia Civil foram falsificados”, concluiu o delegado.


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