12 de janeiro, de 2015 | 06:58
Tragédia em motel de Itabira
Polícia acredita que enfermeira matou duas filhas no interior de um motel e depois cometeu suicídio
O caso foi registrado por volta de 22h deste domingo, em um motel localizado na rua Humberto Campos, bairro Ribeira de Cima, em Itabira.
A motorista de ambulância, Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, residente no bairro Loanda, em João Monlevade, pode ter cometido suicídio depois de matar envenenadas as filhas Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, de 4 anos, e Anna Sophia Marques Teixeira, de 10 meses.
O caso foi descoberto na noite passada, depois que a Polícia Militar foi acionada por uma funcionária do Motel Eros informando que havia uma situação estranha” no estabelecimento.
No local, policiais militares foram informados que havia entrado no estabelecimento um veículo por volta de 03h51 de domingo. Uma mulher pedi caipivodka, um espeto de frango, suco, banho de espuma e pediu para ser chamada por volta das 17h. Entretanto, ao ligarem para o quarto, ninguém atendeu.
Os funcionários do motel bateram à porta e também não foram atendidos. Ao verificaram debaixo da porta, perceberam o pé de uma pessoa, que parecia imóvel e roxo.
Os policiais também chamaram a porta e não foram atendidos. Com o uso da chave reserva, os policiais entraram no quarto do motel e depararam com uma cena composta pela seguinte situação.
Uma criança estava deitada em uma cama, imóvel. Outra criança estava dentro de uma cadeira automotiva tipo bebê conforto”. A mulher, mãe das crianças, pendurada enforcada com uma toalha em um suporte na parede do quarto.
Sobre uma mesa, policiais encontraram um bilhete com números do telefone do pai da enfermeira Ana Flávia e outras duas pessoas, onde estava escrito: "Meu ex-marido acabou com a minha vida e das minhas filhas".
Inicialmente, a polícia acredita que Ana Flávia matou as filhas e posteriormente cometeu suicídio. A perícia da Polícia Civil encontrou no quarto uma seringa, sem agulha, que pode ter sido utilizada pela mulher para envenenar e matar as crianças. A perícia não constatou marcas de violência ou lesões aparentes no corpo das crianças.
Os levantamentos iniciais da polícia, com base em informação de familiares, mostram que Ana Flávia havia separado do marido e que havia perdido a guarda da filha menor para o pai da criança, seu ex-marido.
Após ser notificada da decisão judicial, a mulher havia desaparecido com as crianças e era procurada desde o começo do mês de dezembro. Ela estava desaparecida.
Antes do fato, Ana Flávia havia enviado, por whatsapp, a uma amiga, uma gravação de áudio em que ela agradecia a algumas pessoas, pedia desculpas e se despedia.
[[##644##]]
Versão do pai aponta para um drama
Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, o pai das crianças, Graziano de Oliveira Batista, contou que há um ano e meio tentava, na Justiça, o direito de ver a filha mais velha, Maria Fernanda. A mais nova, Anna Sofia, ele não chegou a conhecer.
O homem afirmou que sua ex-mulher, Ana Flávia, tinha um comportamento agressivo quando era contrariada.
Ele relatou que viveu cinco anos de desentendimentos com a mulher. Depois que saiu de casa, não conseguia mais contato com as filhas, a mais velha e a que nasceu depois. Por isso, entrou na Justiça.
Ele conta, na entrevista, que sempre quis participar ativamente da vida das meninas, mas a mãe delas não lhe dava esse direito e nem a Justiça ajudou.
Ele alega que somente via Maria Fernanda, quando ia à escola da menina e era permiti que ele mantivesse um contato rápido com a filha.
A afirmação do ex-marido contradiz o que Ana Flávia afirma em áudio enviado a uma amiga, em que ela diz que a justiça não ficou do seu lado”.
Entretanto, o ex-marido confirma que a família de Ana Flávia não concordava com ela, outra reclamação da mulher.
A família dela não concordava com isso, mas ela não escutava ninguém. Minha família fez alguns boletins contra ela. Inclusive, minha mãe conseguiu uma medida protetiva contra ela”, afirmou.
Embora estivessem separados há maios de um ano, o homem confirma que houve uma reaproximação em 2014. Da nova essa relação, nasceu a Anna Sofia, que estava com 10 meses. Antes que a menina nascesse os dois brigaram de novo e o pai garante que Ana Flávia nunca deixou que visse a criança.
MAIS:
Bandidos fazem limpa” em zona rural - 11/01/2015
Duas tentativas de homicídio - 11/01/2015
Dupla rouba R$ 15 mil em empresa - 10/01/2015
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]


















