13 de janeiro, de 2015 | 11:26
Crianças são sepultadas em João Monlevade
Delegado que investiga o caso considera concluida autoria de duplo homicídio seguido de suicídio
Com correção da profissão da mãe das crianças
DA REDAÇÃO - Sob clima de forte comoção, os corpos das duas irmãs mortas pela mãe em um quarto de motel na noite de domingo, em Itabira foram sepultadas na manhã desta terça-feira, no Cemitério do Baú, em João Monlevade, cidade natal das meninas. Os corpos foram velados na capela 3 do Velório Municipal, em meio a uma tristeza sem tamanho.
Já, o corpo da mãe das crianças foi sepultado no fim da tarde de segunda-feira (12) no cemitério de Barão de Cocais, onde moram os parentes dela. A Polícia Civil divulgou ontem que a motorista de ambulância, Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, matou as duas filhas por asfixia antes de se matar. Para a polícia a motivação e autoria dos crime estão esclarecidas, a mãe matou as filhas e tirou a própria vida por causa de desavenças com o pai das crianças e a família dele.
As conclusões do laudo da Polícia Civil é que as duas meninas, Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, 4 anos, e Anna Sofia Marques Teixeira, 9 meses de vida, foram asfixiadas, provavelmente, por objetos macios pressionados contra seus rostos, já que não há marcas de esganadura e nem de outros objetos nos pescoços das crianças.
O delegado Juliano Alencar, da Delegacia de Homicídios de Itabira responsável pelas investigações, pediu um exame toxicológico da mãe e das crianças. Também são examinados pedaços de algodão e uma seringa, sem agulha, encontrados dentro do quarto de motel, cena do crime.
O laudo oficial da perícia ainda não foi expedido, mas o delegado preferiu adiantar as informações por causa da repercussão do caso, noticiado em veículos de imprensa do estado e até com alcance nacional. Todas as três morreram asfixiadas. As meninas sufocadas por algum objeto macio e a mulher com auxílio de algo amarrado no pescoço”, comentou Juliano Alencar.
Para o delegado, o caso não resta dúvidas: duplo homicídio seguido de suicídio. Não há necessidade da abertura de um processo, porque não existe em quem aplicar a culpa, já que a autora tirou a própria vida. O que restaria é saber se tinha mais alguém na cena do crime, mas não parece ser o caso”, concluiu.
Ana Flávia Marques Teixeira gravou um áudio antes de matar as filhas e suicidar. Ela também deixou um bilhete no local do crime. A mulher reclama de abandono e de ter perdido na Justiça a guarda das filhas para o ex-marido Graziano Batista de Oliveira. Ouça o áudio deixado por Ana Flávia e a versão do ex-marido, nessa notícia do Portal Diário do Aço: Mãe deixou áudio antes de matar filhas e cometer suicídio - 12/01/2015
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