30 de janeiro, de 2015 | 05:49
Dois assassinatos em uma noite
Em Timóteo jovem é morto no Macuco.Em Coronel Fabriciano, pai foi executado na frente do filho.
Atualizada- 17h57
DA REDAÇÃO – Dois crimes contra a vida foram registrados no Vale do Aço na noite anterior. Um ocorreu em Coronel Fabriciano e outro em Timóteo. Nos dois casos, a Polícia Militar chegou aos nomes dos suspeitos. Um deles, foi preso.
No delito de Fabriciano, o filho da vítima é testemunha ocular do fato e reconheceu o assassino do pai. A violência contra a vida não deu trégua neste primeiro mês de 2015. No fim da semana passada, outras duas pessoas foram assassinadas na região e mais um fim de semana começa com assassinatos.
Em Timóteo o homicídio foi registrado por volta das 22h40 de quinta-feira, na rua Cidrinha, bairro Macuco. Ramon Wilson da Silva, o Rato, de 17 anos, foi encontrado por vizinhos, caído no chão, sem vida e com sangramento pelo corpo.
Segundos antes, as pessoas que moram nas proximidades escutaram disparos de arma de fogo. No local, imperou a “lei do silêncio”. Em diligências, policiais militares conseguiram chegar à informação anônima sobre um possível autor do assassinato.
O autor dos disparos seria um indivíduo de cor clara e cabelo pintado de vermelho, que teria invadido a casa de um idoso, que se encontra hospitalizado. No endereço indicado, o suspeito de autoria do crime não foi encontrado.
A perícia da Polícia Civil constatou que Ramon foi morto com ferimentos provocados por tiros que atingiram suas costas, braço e nuca. A motivação do crime ainda é apurada.
Enviada por leitor/Arquivo Pessoal
homicídio Timóteo
Filho viu o pai ser assassinado
O outro crime contra a vida foi registrado em Coronel Fabriciano, por volta das 19h de quinta-feira, na esquina das ruas V16 e V18, no bairro Silvio Pereira II. O carroceiro Marcelo Rosa Januário, de 34 anos, residente no bairro São Vicente de Paula, foi morto a tiros na frente do filho, de 8 anos.
A perícia da Polícia Civil constatou que o corpo tinha sete perfurações, nas costas, nuca, antebraço direito e tornozelo esquerdo. Foram apreendidos, no local, seis cartuchos deflagradas calibre 38 e três projéteis do mesmo calibre.
Segundo o sargento Borges, a polícia recebeu a informação de que foram dois autores. “Armados, eles teriam se aproximado da vítima, efetuado seis disparos. Em seguida, recarregaram a arma e efetuaram mais seis disparos”, relatou.
Testemunhas, revoltadas com a violência, denunciaram dois suspeitos como autores do assassinato. Um deles foi identificado como Thales Cristian Andrade Soares, 20 anos, residente na rua Chile, bairro Santa Cruz. Ele foi reconhecido pelo filho da vítima, que viu o pai ser assassinado. O outro comparsa ainda era procurado até a tarde de sexta-feira.
A mulher de Marcelo Rosa afirmou que o marido era usuário de crack, e a motivação do homicídio seria uma dívida de drogas.
Wellington Fred
homicidio marcelo rosa
Em rastreamento, policiais militares localizaram Thales Cristian ainda na noite de quinta-feira. Inicialmente, Thales negou que tenha matado Ramon, mas não se preocupou em apresentar uma defesa. O suspeito disse que conhecia a vítima, mas não se relacionava com ela.
Entretanto, negou ser traficante e afirmou que apenas é usuário de entorpecentes e sabia que a vítima também era. O segundo envolvido no homicídio também é procurado.
Um familiar da vítima, que não quis se identificar, afirmou que seus parentes vêm sofrendo ameaças desde a morte de outro parente.
“A nossa família corre perigo, está ameaçada. Depois que morreu o meu sobrinho, a gente não quis cobrar justiça de ninguém. Mas, desde então, começou essa onda de ameaças. Queremos a justiça de Deus, e das autoridades. Quase que meu sobrinho de oito anos foi morto também. E agora a gente fica triste, minha mãe já é de idade e está sofrendo muito. Eles não são Deus, não podem tirar a vida de ninguém. Foram covardes, deram muitos tiros no meu irmão”, lamentou.
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