18 de março, de 2015 | 19:00
Timirim é absolvido pela Justiça
Ministério Público afirma que irá recorrer da decisão nos próximos dias
DA REDAÇÃO O Tribunal de Justiça de Minas Gerais publicou no Diário do Judiciário de terça-feira, 17, a absolvição de Wesley Neves Santos Silva, o Timirim, envolvido em um crime de grande repercussão no Vale do Aço: a morte do cabo PM Amarildo, assassinado em fevereiro de 2013, em Santana do Paraíso. O tribunal acolheu a preliminar de absolvição apelada pela defesa e os autos devem retornar à Comarca de Ipatinga para que a sentença seja pronunciada. Timirim foi condenado anteriormente a 19 anos e três meses de prisão.
Conforme a defesa, assinada pelo escritório Advocacia Brasil, de Ipatinga, Wesley Neves está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em abril de 2014, o Conselho de Sentença da Comarca de Ipatinga o considerou culpado pela morte do militar Amarildo, sendo condenado a mais de 19 anos de prisão.
Um dos advogados de Wesley, Jarbas Nunes da Fonseca explicou que o escritório recorreu da decisão porque à época da condenação, o Júri não reconheceu Wesley Neves como participante do crime. Esse quesito prejudicou o mérito dos demais, mas o réu foi considerado culpado e foi condenado. A decisão do Tribunal foi atípica, uma vez que a corte, em 2ª instância, decidiu pela absolvição do acusado e não pela anulação do Júri, descreveu o advogado.
O Ministério Público de Minas Gerais irá recorrer da decisão. O promotor de Justiça, Bruno Giardini, representante do órgão no caso, destacou nessa quarta-feira, 18, que tão logo os autos retornem à Comarca e seja proferida a sentença, irá recorrer da decisão do TJMG. A expectativa é que após a apreciação do recurso, um novo Júri seja realizado.
Timirim foi acusado de ser o mentor e um dos autores da execução do cabo PM Amarildo Pereira de Moura, de 50 anos, ocorrida no dia 8 de fevereiro de 2013, em uma possível emboscada na estrada do sítio Manancial, no bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso. Outras duas pessoas envolvidas no crime foram condenadas.
Anulação de Júri
Timirim carrega na Justiça outros crimes contra a vida. Em junho do ano passado, ele foi condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato do ajudante de pedreiro Gefter Geiel Santana de Araújo, morto a tiros no dia 25 de julho de 2011. O crime ocorreu no bairro Industrial, em Santana do Paraíso. Conforme o advogado Jarbas Fonseca, o Júri Popular que considerou seu cliente culpado foi anulado pela Justiça e é aguardada a designação de nova data para a sessão. A anulação ocorreu após recurso da defesa alegando falha em questões técnicas do caso.
Com as últimas duas decisões derrubadas, Wesley Neves poderá ser solto em breve. A defesa pedirá revogação do processo com sentença anulada.
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