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15 de abril, de 2015 | 16:53

“Foi legítima defesa”

Homem é absolvido de culpa em homicídio e tentativa de homicídio em posto do bairro Iguaçu


IPATINGA - Reunido em mais uma sessão nesta quarta-feira, o Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga decidiu pela absolvição de Elton John de Oliveira Carmo, de 35 anos. O conselho de sentença acatou a tese de legítima defesa do réu e decidiu, por maioria, pela absolvição.

Ele foi a julgamento por um crime contra a vida ocorrido em 2007 e que teve como vítimas Emerson Agostine Rocha, de 28 anos, e C.A.P., na época com 23 anos. O processo tramitava desde julho de 2010.

Em agosto de 2012, Elton John já tinha sido condenado a cumprir três anos de reclusão, um mês e dez dias em regime aberto, acusado de homicídio culposo contra Emerson Agostine Rocha, de 28 anos, e tentativa de assassinato contra C.A.P.

O caso foi registrado em um posto de combustíveis do bairro Iguaçu. Na época, Elton John desentendeu-se com C.A.. Consta no processo que, ao se defender de uma agressão, atirou em C.A., mas atingiu, sem querer, Emerson Agostine.

“Houve um erro de avaliação de um dos quesitos no julgamento de 2012 e o Tribunal determinou esse novo julgamento”, informou o advogado Emílio Celso, que atuou na defesa do réu. 

A sessão foi presidida pelo juiz da 2ª Vara Criminal, Antonio Autusto Calaes de Oliveira e o Ministério Público foi representado pela promotora Monique Mosca Gonçalves. Esse foi o segundo julgamento da semana, no Fórum Valéria Vieira Alves. 
 

Defesa

O advogado Emílio Celso explica que no dia dos fatos Elton John chegou ao local e foi agredido por um grupo de pelo menos dez pessoas, alguma delas integrantes de uma gangue.

No ataque, perdeu uma carteira com dinheiro, acrescentou Emílio Celso. Quando deu pela falta da carteira, voltou ao local. Para se defender, efetuou o disparo, que era direcionado ao agressor.

“Entretanto, o tiro atingiu Emerson Agostine Rocha. Foi um erro de execução. O júri entendeu que Elton John sofreu uma injusta agressão e também defendemos que fez o disparo sob forte emoção. O Conselho de Sentença é soberano e compreendeu nossa defesa”, detalhou.

Família de vítima está inconformada

“Eu não acredito mais na justiça dos homens. Isso pode terminar assim. Não adianta nem recorrer mais, porque perdi a confiança na Justiça”. Foi assim que o pai de Emerson Agostine reagiu ao saber do resultado do julgamento. “A esperança era que houvesse uma condenação pelo homicídio que vitimou meu filho Emerson. Vingança com as mãos não traz ele de volta, e a nossa esperança era a Justiça”, afirmou.

Para a família, o primo do réu também deveria estar no tribunal, pois teve a oportunidade de recomendar a Elton John que não retornasse ao local da briga, onde havia muitos jovens reunidos.

“Desde 2007 esse crime acabou com a família. A mãe de Emerson vive numa depressão sem fim. Só quer viver no cemitério junto à cova do filho dela e só Deus para nos iluminar”, concluiu. 

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