27 de agosto, de 2015 | 15:39

Estupro era mentira

Mulher casada inventa ter sido violentada para justificar ao ser pega pelo filho beijando um outro homem


IPATINGA - Dois homens passaram por momentos de pesadelo, nesta quinta-feira, acusados de um estupro que não ocorreu, no bairro Bethânia. Os denunciados chegaram a ser detidos e algemados por policiais militares e escaparam de ir parar na cadeia graças à atenção de policiais que desconfiaram da história da vítima.

Na conclusão do caso, chegou-se à confirmação que era tudo uma armação.  C.J.C.S., de 27 anos, inventou a mentira para tentar justificar o flagrante de um filho dela ao pegar a mãe beijando outro homem na noite de quarta-feira, 26/08, em um bar.

A vítima acionou a PM para relatar que teria sido atacada na avenida José Cândido de Meire. Um dos supostos autores tem o apelido de “Duzentão”, gíria usada entre os criminosos para os condenados por crimes sexuais, em referência ao artigo 213, que tipifica o estupro no Código Penal.

C.J. contou para os policiais militares que foi atacada pelos dois homens, que estavam em um carro preto. Ela caminhava pelo local quando recebeu ordem de entrar no veículo. Alegou a mulher que os homens a violentaram, mas a vítima aproveitou um momento de distração e atacou os estupradores com chutes e socos.

Ela também foi agredida, mas conseguiu fugir dos criminosos e ligou em seguida para a PM. C.J. foi atendida pelos profissionais do Samu, que a encaminharam para ser medicada na Unidade Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Canaã.

Na manhã desta quinta-feira, entretanto, durante visita tranquilizadora à casa da vítima, os policias militares desconfiaram da história da mulher. Em buscas aos possíveis autores, dois suspeitos foram abordados no bairro Cidade Nobre.

Funcionários de uma fábrica de vidros, eles faziam entregas em vidraçarias da cidade. As características físicas deles batiam com a repassada pela "estuprada", um rapaz de cor branca, magro e outro negro.
Os dois foram detidos e contaram a outra versão da história. Isso, associado a informações de pessoas em um bar, onde os envolvidos foram vistos juntos, forçou C.J. a relatar a verdade. Ela disse que é casada e o filho ameaçou contar ao pai que a beijar o ajudante L.C., de 27 anos.

Beijo

L.C., que é da cidade de Ponte Nova, estava na companhia de F.J.B. de 38 anos. O jovem relatou que a mulher chegou ao bar no bairro Bethânia e logo eles "puxaram conversa". Pouco depois, trocaram apenas um beijo. “Graças a Deus. Quando a PM tirou a algemas de mim, eu chorei”, comentou o rapaz ao Portal Diário do Aço, após ser ouvido pelos policiais militares.

O sargento Heitor frisou que a atitude da mulher mobilizou equipes da PM, por várias horas, para tentar prender os supostos estupradores. Além disso, causou medo entre a população da cidade. “Ela vai ser conduzida por falsa comunicação de crime”, afirmou o militar.

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