07 de outubro, de 2015 | 09:15

Arrombadores destroem agência bancária em Ipaba

Explosão de caixas eletrônicos sacode a madrugada na cidade; Polícia Militar já prendeu um suspeito

Com atualização de dados às 11h35

IPABA – A agência do banco Bradesco, localizada na avenida José Rodrigues de Almeida, no centro de Ipaba, foi destruída por uma explosão na madrugada desta quarta-feira. O banco ficou completamente destruído, mas acredita-se que os criminosos fugiram sem nada levar.

No momento em que promoviam o ataque, aproximava-se do local uma viatura da Polícia Militar, em patrulhamento de rotina e o bando teve que bater em retirada às pressas, sem levar o dinheiro dos caixas de autoatendimento do banco. 

A polícia informa que quatro homens participaram diretamente do ataque. Sabe-se apenas que eles chegaram em Citroen C4 e, logo em seguida, executaram a ação, por volta das 2h30 de hoje.

Desde o registro do caso homens da Polícia Militar fazem rastreamento em busca dos suspeitos. Um deles já foi preso, de posse de uma submetralhadora. Trata-se de Luiz Henrique Profeta Alves, que ainda está sendo ouvido pelos policiais envolvidos na operação.

A Polícia Militar já  levantou a informação que Luiz Henrique tem várias passagens pela polícia, por delitos diversos, mora em Ipatinga e integra um grupo criminoso do bairro Planalto, em Ipatinga. Na noite de 28 de setembro passado, Luiz Henrique foi denunciado com suspeito de tentativa de homicídio da ex-namorada dentro de uma boate, no Residencial Ayrton Senna, em Ipatinga. 

Luiz foi preso no meio de um matagal entre o aeroporto da Usiminas, em Santana do Paraíso e o bairro Cidade Nova, nas proximidades do local onde foi abandonado o carro que foi usado no “apoio logístico” ao ataque em Ipaba.

A polícia já sabe que o Citroen C4 placa HLW-4344 foi tomado de assalto na cidade de Caratinga, esta semana. Os policiais militares acreditam que, na tentativa de escapar do cerco montado imediatamente após a fuga de Ipaba, os criminosos abandonaram o carro e seguiram a pé.

No total foram quatro participantes da explosão em Ipaba. Além do suspeito já preso, os outros três já foram identificados e são procurados. 




Comandante da PM explica o cerco 

 

O tenente PM Marcelo Martins explicou ao DIÁRIO DO AÇO que a explosão da agência bancária, em Ipaba, resultou em perseguição intensa sobre os criminosos. No momento em que a quadrilha voltaria à agência para pegar o dinheiro, depois da explosão, uma equipe da PM aproximou-se do local.

 

Ao avistar a viatura, os integrantes embarcaram de volta no Citroen C4 e iniciaram a fuga sem nada levar. Foi acionado o plano de cerco, com uma das viaturas mantendo perseguição com contato visual dos fugitivos pelo acesso a Ipaba e depois pela BR-458 rumo a Ipatinga.

 

“Eles entraram para a estrada do aeroporto e depois para o bairro Cidade Nova. Quando perceberam que não escapariam do cerco, pararam o carro e entraram no mato. Nas buscas encontramos um dos autores ainda de posse de uma submetralhadora, de fabricação caseira, calibre 380”, detalhou Marcelo Martins. A equipe da PM utilizou cães farejadores no rastreamento aos homens e, Luiz, inclusive, foi encontrado por um dos cães.

 

O fugitivo não reagiu ao cerco policial e a polícia procura agora os outros três suspeitos de envolvimento no ataque. “Esse indivíduo preso tem várias passagens pela polícia e, inclusive, já foi preso em Ipaba na posse de duas armas de fogo”, acrescentou. 


 

“Fica para a próxima”

 

Luiz Henrique Profeta Alves admitiu que participou do ataque e lamentou que o to criminoso tenha dado errado. “Chegamos e jogamos aquilo lá tudo pro alto, mas deu errado. Não pegamos nada. Eu precisava do dinheiro, pois tenho uma filha de um ano e quatro meses para criar, mas não rolou. Fica para a próxima vez”, concluiu. 

Luiz, entretanto, negou que tenha participado das tentativas de homicídio em Ipatinga, tanto a do bairro Caravelas quanto o da boate no bairro Ayrton Senna, em que foi alvejada a tiros sua ex-namorada.

Luiz Profeta acrescentou que somente na tarde de terça-feira “recebeu” o carro para participar da explosão da agência bancária em Ipaba. Perguntado sobre os explosivos limitou-se a responder que “apareceu aí e decidimos usar”. 

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