10 de novembro, de 2015 | 14:58
Acusados de homicídio e duas tentativas são presos
Jovens são acusados da morte de adolescente de 14 anos e tentativa contra outros dois irmãos; crime foi passional
PARAÍSO Em uma operação realizada na-feira (10/11), policiais Civis de Santana do Paraíso cumpriram mandados de prisão expedidos pela Justiça em desfavor de dois acusados de um atentado em que uma pessoa morreu e outras duas foram alvejadas por tiros.
Foram presos Edvaldo Dutra Junior, o Funa, de 19 anos, e Paulo Henrique Vieira de Almeida, 23 anos. Pesa contra eles a acusação de autoria do homicídio de Rafael Pedro Gonçalves, de 14 anos, e tentativa de homicídio dos outros dois irmãos de Rafael, A.J. e H.C., ocorridos na noite de 8 de agosto, no bairro Minas Caixa.
A informação é do delegado de Polícia Civil, Bruno Morato. A operação deve início às 5h e envolveu 12 policiais civis. Às 7h, os autores já estavam presos.
O crime teve grande repercussão porque as vítimas não tinham passagens pela polícia e foram vítimas do crime quando voltavam para casa, recém-saídas de uma igreja. Na noite do atentado, dois homens em uma motocicleta efetuaram vários disparos contra os três irmãos, que caminhavam na rua onde moram.
Os dois mais velhos correram para um lado e o mais novo tentou desviar e acabou correndo em direção ao irmão mais velho. Rafael Pedro acabou atingido por um tiro que acertou suas costas e saiu pelo peito. O adolescente morreu nos braços do pai, que mora nas proximidades do local onde ocorreu o crime.
Levantamos a autoria do crime a partir da identificação da motocicleta usada e chegamos ao proprietário do veículo, Paulo Henrique Vieira”, explicou o delegado.
As investigações concluíram que a motivação para o crime foi passional. Em outubro de 2014, Paulo Henrique separou-se da jovem com quem namorava. No intervalo da separação ela paquerou com um dos irmãos mais velhos.
Paulo não aceitava a situação e, inclusive, fez ameaças à vítima pelo Facebook. Essa vítima sobrevivente disse, em depoimento, que não levou a sério as ameaças porque efetivamente não houve nada com a jovem separada do namorado à época.
Diferentemente do que foi divulgado anteriormente, os dois não era casados quando brigaram e se separaram, mas sim, namorados. Depois do desentendimento o casal fez as pazes e acabou se casando no fim de 2014, esclarece o delegado Bruno Morato, ao Portal Diário do Aço.
Paulo, entretanto, nunca esqueceu isso e, na noite dos fatos, chamou Edvaldo Dutra Junior, o Funa, indivíduo que soma 22 passagens por crimes diversos, inclusive um homicídio, e foram vingar-se. Ocorre que morreu o irmão que nada tinha a ver com a história”, contou o delegado.
Bruno Morato também explicou que Paulo e Edvaldo confessaram o envolvimento no crime. Entretanto, divergem sobre quem atirou. Eles trocam acusações entre si e nenhum assume os tiros. A arma do crime também não apareceu e a motocicleta está apreendida.
O delegado pretende indiciar Paulo Henrique e Edvaldo Dutra por um homicídio qualificado (motivo fútil e recurso que torna impossível a defesa da vítima) e duas tentativas de homicídio.
No dia 10/8 o Diário do Aço publicou a reportagem "Jovem assassinado sonhava em ser engenheiro", em que a família relatou a dor da perda do adolescente, no Dia dos Pais, e explicou como vivia o menino que morreu alvejado por um tiro fatal na rua em que morava.
Esforço
O delegado da PC, Bruno Morado, explicou ao Diário do Aço que o cumprimento do mandado de prisão faz parte da operação Viva mais Vale”, que tem participação da Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público, para controlar a quantidade de homicídios na região.
Essa é a 12ª prisão que foi pedida e acatada pela Justiça. De um total de 12 homicídios, apenas um suspeito está foragido. Queremos evitar a sensação de impunidade, que surge quando ocorre um homicídio e ninguém é preso. A prisão dos autores é uma resposta adequada ao crime de homicídio”, concluiu o delegado.
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