24 de novembro, de 2015 | 20:10

Polícia conclui inquérito de crime ocorrido no residencial Ayrton Senna

Para delegado, jovem envolvido em morte de comerciante praticou legítima defesa


IPATINGA - O titular da Delegacia de Investigação de Homicídios de Ipatinga, delegado Eduardo Vinicius, confirma que já está na Justiça o resultado do inquérito que apurou a briga em que morreu o comerciante Claudinei Inácio, de 40 anos, no fim da madrugada de 8/11, no Residêncial Ayrton Senna, em Ipatinga.

O delegado explicou que várias testemunhas foram ouvidas e assistidas as imagens das câmeras de segurança que flagram toda a dinâmica dos fatos.

No dia do flagrante, Hiago Augusto Lima Vita, 22 anos, foi autuado por lesão corporal seguida de morte, quando não há intenção de matar, mas devido a lesão a vítima vai a óbito. Na conclusão do inquérito, entretanto, acabou sem indiciamento por qualquer crime, pois as investigações concluíram que ele agiu em legítima defesa.

Outro participante da briga, Claudevir Preto Junior, de 20 anos, sobrinho do comerciante morto, foi indiciado por lesão corporal qualificada pelo risco à vida do agredido (Hiago) e essa autuação foi mantida.
“Já o Claudevir, eu entendi que ele praticou tentativa de homicídio, ao unir sua conduta, de forma livre e voluntária, com a conduta do Claudinei que, infelizmente, veio a óbito”, observou.

Para o delegado Eduardo Vinícius, as imagens mostram duas condutas de Claudevir que levam o inquérito a concluir que ele tinha a intenção de matar. Primeiro, desferiu chutes na cabeça da vítima Hiago. Segundo, agrediu a noiva de Hiago, quando ela se aproximava, tentando apartar a briga.

Para o delegado, a agressão era para que Claudinei continuasse a desferir pauladas na cabeça de Hiago. “Já o Hiago não foi indiciado por crime nenhum, porque ele estava sob agressão e agiu tanto em defesa própria quanto de terceiros”, enfatizou o delegado. 
Wilson Fumaça / TV Cultura Vale do Aço


claudinei inacio


Com base em outros elementos colhidos, o inquérito relata que o golpe fatal em Claudinei foi tão forte que a faca dobrou completamente a lâmina, depois de perfurar a coxa da vítima, cortar uma artéria femoral e atingir o fêmur. Uma das possibilidades é que, na confusão, a vítima tenha caído sobre a faca que estava nas mãos de Hiago e que, sob as pauladas e chutes dos dois homens, golpeava por todos os lados, tentando se defender.
 
Antecedentes

Para fechar o inquérito, explica o delegado Eduardo Vinícius, foram feitas diligências sobre o histórico dos envolvidos. O que mais chamou a atenção foi a Folha de Antecedentes Criminais da vítima. Claudinei veio de Poços de Caldas, onde teve passagens pela polícia local e também respondeu inquérito na Polícia Federal, por ter atuado como agenciador de imigração ilegal para o exterior (coiote). 

Ele respondia processo por homicídio, pois uma das pessoas agenciadas para a imigração ilegal morreu na viagem. Também em Poços de Caldas, Claudinei teve um primeiro casamento, do qual nasceu uma filha, hoje adulta e mãe de uma criança. 

Entenda  [[##1066##]]

Claudinei Inácio, segundo testemunhas, era proprietário de um boliche e de uma rede de pizzarias em Ipatinga, tentava reatar o relacionamento com a ex-mulher, Camila Belchior Soares, de 27 anos, com quem viveu um segundo casamento. O casal teve dois filhos.

O comerciante e a ex-mulher não se entendiam e brigavam em público, inclusive, em duas festas realizadas na Usipa. A mais recente foi justamente na madrugada de 8 de novembro, pouco antes da briga no residencial Ayrton Senna que resultou na morte de Claudinei.

Naquela madrugada, quando a ex-mulher, Camila, a irmã dela, Daniele Belchior Soares, de 32 anos, com o companheiro Hiago Augusto Lima Vita, 22 anos, voltaram para casa em um Ford Ka, o grupo foi abordado por Claudinei e o sobrinho Claudevir Preto Junior, de 20 anos. 

Tio e sobrinho estavam armados com pedaços de pau e iniciaram agressões contra Hiago, acertando-o com diversos golpes e chutes. Daniele saiu do carro e tentou defender Hiago, mas também levou pauladas. Atingido por uma facada na coxa esquerda, que perfurou a artéria femoral, vital para o organismo, e chegou ao fêmur, Claudinei perdeu as forças e caiu na calçada do prédio.

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