10 de dezembro, de 2015 | 16:33
Justiça manda prender sentenciado por morte de professora
Passados 16 anos, acusado da morte de Zelândia Laviola é preso
Em cumprimento a um mandado de prisão, expedido pela Justiça, policiais militares prenderam no fim da tarde de quinta-feira (10/12), Edmilson Eduardo Oliveira, de 58 anos. Ele foi encontrado em uma residência na rua Maria de Lourdes de Jesus, no distrito de Melo Viana, em Coronel Fabriciano.
Edmilson, que sempre negou o crime, foi levado a Júri Popular em 15 de fevereiro de 2011, pela acusação de mandar matar a sua ex-mulher, Zelândia Laviola Marques, assassinada na madrugada de 23 de abril de 1999, em sua casa no bairro Alipinho. Considerado culpado, o réu foi sentenciado a cumprir 13 anos de prisão, mas conquistou o direito de recorrer da sentença em liberdade.
A defesa de Edmilson recorreu da sentença, insistindo na tese de negativa de autoria, mas além de manter a condenação feita anteriormente pelo conselho de sentença, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais acolheu o recurso do Ministério Público e aumentou a pena do réu para 14 anos, em regime fechado, por entender que estavam presentes três qualificadoras. O voto do relator, desembargador Antônio Armando dos Anjos, foi seguido pelos demais membros da Corte.
O julgamento, na época, contou com a acusação feita pelo promotor de Justiça, Francisco de Assis Santiago, que veio de Belo Horizonte. O réu foi defendido pelo criminalista Jayme Rezende.
A família da professora assassinada desenvolveu uma campanha para que o acusado fosse preso, mas somente agora, com o fim dos recursos no TJMG, pode ver o sentenciado pela morte de Zelândia iniciar o cumprimento de sua pena.
Justiça
Em entrevista ao Diário do Aço, a irmã da vítima, Marilene Marques, 58 anos, afirmou que a notícia da prisão do mandante da morte de Zelândia foi um alívio para a família, que aguardou pela resposta do Judiciário e enfrentou grandes transtornos ao longo dos anos.
"Ele entrou com todos os recursos dos quais ele teve direito, como todo cidadão tem. Foi muito bem assessorado por seus advogados. No entanto, a verdade prevaleceu, não acho que demorou. Chegou o momento certo e este é o dia da promoção da Justiça. Esperamos por isso, tacitamente. Aguardamos em silêncio", afirmou. Veja mais, da entrevista, no vídeo do Portal Diário do Aço:
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Assassinato
A professora Zelândia Laviola Marques foi encontrada morta com golpes de faca, um nas costas e outro no pescoço. Antes, foi estrangulada com uma corda de nylon. O corpo dela também apresentava sinais de espancamento. Consta no inquérito policial que a vítima foi rendida por dois assassinos encapuzados, que prenderam os filhos dela, na época um menino de 11 anos e uma menina de 7, dentro de um quarto, para depois consumar o crime.
No processo, além de Edmilson, outro réu é relacionado, Benedito de Oliveira, o Bené, acusado de ser um dos executores do crime. Bené não foi a julgamento, porque se matou em 2009. O segundo encapuzado nunca foi encontrado.
Junto ao caso Rodrigo Neto, repórter assassinado a tiros em Ipatinga, crime cujo mandante nunca foi revelado pela polícia, a morte da professora Zelândia foi o caso de maior repercussão no Vale do Aço nos últimos anos. A professora lecionava na Escola Municipal Paulo Franklin, no bairro Santa Cruz e no Projeto Curumim, no bairro Pedra Linda.
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