18 de março, de 2009 | 00:00

Descaso nas granjas Vagalume

Moradores reclamam de problemas e de obras que não saem do papel

Fotos: Wôlmer Ezequiel


Rua Salmon: nenhuma estrutura de trânsito
IPATINGA – Situadas na divisa de Ipatinga e Santana do Paraíso, as granjas Vagalume colecionam uma série de problemas estruturais que tornam o lugar aparentemente “esquecido”. Os principais problemas apontados pelos moradores são falta d’água constante e a ausência de condições estruturais mínimas em algumas ruas. A 1ª secretária da Associação dos Moradores do Vagalume (Amva), Meire Cley da Cunha Pimentel, disse que algumas melhorias estão previstas no Orçamento Popular Ampliado (OPA), mas ainda não foram colocadas em prática. Meire Cley reside na rua Piapara e passa por transtornos com o abastecimento de água. Segundo ela, em sua rua e nas demais partes do bairro têm faltado água constantemente nos últimos dois meses. “Por causa disso, a minha conta, por exemplo, passou de R$ 45 para R$ 99. Fomos à Copasa várias vezes e não tivemos solução para o problema”, reclamou Meire Cley.Outro problema apontado pelos moradores é a lama que desce pela avenida principal nos dias de chuva. “A terra atrapalha o tráfego, provocando acidentes, além de trazer perigo para os pedestres. E quando a terra seca vem a poeira”, contou a secretária, que desabafou: “Queremos ser tratados com respeito”.Rua fantasma Uma das situações mais críticas observadas nas granjas é a de uma rua, situada próximo ao posto de combustível Vaga Lume. Segundo os moradores do local, para a Cemig ela se chama “rua Nova”; para a Copasa e a Prefeitura de Ipatinga o nome é rua Salmon. Mas na prática o nome deveria ser “não-rua”, porque de fato o lugar é intransitável. A descida íngreme, cheia de buracos e mato, não pode ser feita pelos residentes. Passar pelo local implica uma arriscada aventura, em que o único ponto de apoio no caminho é uma cerca com arame farpado.

Nilton: água de poço emprestado
Diante do problema, para chegar em casa a doméstica Neuza Alves Reis e seu marido, o aposentado Nilton da Silva, precisam dar a volta pela entrada do Residencial Bethânia. O irmão cadeirante de Neuza Alves fica praticamente aprisionado em casa pelo fato de não ter rua para passar.“É comum ver alguns moradores descendo de quatro na rua ou se machucando”, comentou Neuza Alves. Como não se bastasse a falta de rua, Neuza e Nilton também não recebem água encanada em casa. Apesar de terem gastado R$ 1.300 com instalações, até hoje eles não viram a “cor da água”.Como medida paliativa eles utilizam água de um poço, emprestado. “Tem um ano que esperamos a água chegar na rua e nada. Já acionamos a empresa e a Prefeitura e nada foi feito. Estamos esquecidos”, desabafou Nilton da Silva. Estudo Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Obras de Ipatinga confirmou que várias melhorias na rua Salmon estão previstas no orçamento municipal (OPA) deste ano. Mas, em razão da transição política, o momento é de levantamento de informações sobre as demandas. A assessoria disse ainda que o conselho do OPA será acionado para estudar o problema e, se preciso, redefinir o cronograma de obras. A Copasa foi procurada pela reportagem, mas os responsáveis estavam viajando. 
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