02 de junho, de 2009 | 00:00

Aluno do EJA custa R$ 0,70

TIMÓTEO - Além dos desafios em sala de aula, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) enfrenta problemas em relação aos recursos repassados aos municípios pelo governo federal para manutenção da estrutura e custeio de professores. Há dois anos, a EJA passou a ser financiada com verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A distribuição diferencia-se de acordo com o nível escolar. Enquanto um aluno do ensino fundamental, por exemplo, “custa” R$ 1 por dia, para quem está na EJA esse valor cai para R$ 0,70.A educadora Analise de Jesus da Silva explicou que as prefeituras querem, cada vez menos, assumir a gestão da EJA. Muitos municípios preferem incentivar a inserção desses alunos no ensino regular noturno, para que a verba seja maior. Mas Analise de Jesus frisa que o ensino noturno é diferente.“O ensino regular noturno tem professores diferentes para disciplinas diferentes. Na EJA o trabalho é necessariamente interdisciplinar, podendo ter oito disciplinas e apenas cinco professores, desde que eles trabalhem em parceria. Então, quem perde é o educando, que já saiu da escola tradicional porque não se adaptou ao mesmo método que vai encontrar”, finalizou a especialista.